“A liderança que está no governo falhou. E nós queremos uma liderança ganhadora”, realçou Elza Pais, ao lembrar que, no último mandato, o executivo de Luís Montenegro “investiu zero” no distrito de Viseu.
Na ocasião, a candidata socialista classificou como “descaramento” o facto de o ministro da Presidência e cabeça de lista da AD por Viseu, António Leitão Amaro, ir “cortar a fita da consignação do Itinerário Principal 3 (IP3), querendo esquecer que quem lançou aquela obra foi o PS”.
“O nosso trabalho ficou feito. Agora reivindicam o mérito alheio. Mas não é só na IP3”, criticou, acrescentando que a mesma situação acontece também no hospital psiquiátrico, cuja obra já começou.
“E também na educação”, acrescentou, referindo que “as residências para estudantes estão prontas ou quase prontas”.
“É preciso mesmo descaramento. Mas nós estamos aqui para reivindicar as obras que concebemos, que iniciámos e que agora estão no nosso território para desenvolver o Interior”, enfatizou.
“Ziguezagues” de Montenegro ameaçam a democracia
Perante uma aula magna do Instituto Politécnico de Viseu completamente cheia, a Secretária-Geral da Juventude Socialista (JS) acusou também o primeiro-ministro de ensaiar uma tática de ‘ziguezague’ que ameaça a democracia.
Sofia Pereira afirmou que Luís Montenegro faz “um ziguezague a toda a hora entre interesses públicos e negociatas”.
“Ontem [domingo], no debate tentou atacar Pedro Nuno Santos com os ‘ziguezagues’. Pois bem, quem faz ‘ziguezagues’ é mesmo ele”, afirmou Sofia Pereira, falando diretamente para o líder do PS, presente na assistência.
E neste ponto, salientou que a democracia portuguesa está a ser ameaçada por quem verdadeiramente ‘ziguezagueia’ entre interesses públicos e negociatas”, porque, explicou, trata-se de “um ‘ziguezague’ que utiliza os corredores do poder para poder fazer fortuna pessoal”.
Ao censurar Montenegro por agir como se a política fosse um jogo de casino, “apostando e hipotecando os destinos do país”, Sofia Pereira sustentou que os jovens portugueses não querem “um primeiro-ministro mais preocupado com os interesses de uma gasolineira do que com os interesses de um país ou de uma geração”.
“Portugal não é uma roleta-russa. Os destinos do nosso país não são negociáveis. A ética que se exige do cargo de primeiro-ministro não é nunca opcional”, concluiu, deixando um apelo à mobilização para as eleições do dia 18, porque “é preciso estar nas ruas, passar a mensagem e ser claros”.