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Interesse nacional é combinar crescimento e consolidação orçamental

Interesse nacional é combinar crescimento e consolidação orçamental

O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu ontem que “o interesse nacional é combinar crescimento económico, estabilização financeira e consolidação orçamental”, no encerramento do debate do Estado da Nação na Assembleia da República.

Segundo sublinhou Augusto Santos Silva, Portugal “enfrenta muitas dificuldades conjunturais e estruturais e precisa de estar unido face a elas”.
Mas frisou que “unidade não quer dizer, bem entendido, unanimismo. A unidade que precisamos é que se funda no debate democrático e na prossecução do interesse nacional. Defendemos o interesse nacional, mantendo o consenso que reforça a posição portuguesa no quadro europeu e não quebrando esse consenso para tentar tirar partido na política interna”.

Na sua intervenção, o ministro salientou que “Portugal é hoje um dos países europeus com melhor clima social, maior estabilidade política e melhor cooperação entre todos os órgãos de soberania”.

Por outro lado, Santos Silva lembrou a “evidência” do incumprimento orçamental de 2013 a 2015, anos em que, frisou, “os objetivos proclamados foram incumpridos”, porque “a austeridade cega, que sacrifica a economia e os direitos das pessoas, não resolve, antes agrava as dificuldades orçamentais”.

“Só com crescimento se consegue uma consolidação orçamental robusta e duradoura”, defendeu.
Acrescentando que “a verificação do incumprimento feita hoje pela Comissão Europeia relativamente a 2013-2015 vem pois dar razão a todos os que, como este Governo, sustentam que é preciso mudar de política, respeitando a Constituição e aliviando o fardo que pesa sobre as pessoas e a economia para reequilibrar as contas públicas”.

Falta de comparência da oposição

A terminar a sua intervenção, Augusto Santos Silva fez duras críticas à postura das forças de direita, PSD e CDS, durante o debate.
“A oposição caracterizou-se pela falta de comparência. Em quatro horas de debate, nenhuma ideia apresentou. É que as forças colocadas à direita neste hemiciclo só têm a propor a continuação das políticas de redução de direitos, de corte de rendimentos, de enfraquecimento dos serviços públicos e de esmagamento da procura interna que prosseguiram com resultados tão nefastos na sua anterior governação”, disse.

 

Acção Socialista