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Inovação, qualificação e competitividade na estratégia do país para a próxima década

Inovação, qualificação e competitividade na estratégia do país para a próxima década

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, defendeu hoje que o pacote de fundos comunitários até 2030 deve ser assumido como um instrumento estratégico para ultrapassar os bloqueios estruturais do país, apontando a uma administração pública mais competitiva e à aposta fundamental na qualificação e na inovação.

Apoio às regiões afetadas garantiu 6223 postos de trabalho

O governante falava em Matosinhos, onde participou na reunião do Conselho Regional do Norte, que se inseriu no amplo processo de discussão com as regiões em torno da estratégia do país para a próxima década e que contou também com a presença do primeiro-ministro, António Costa.

Na sua intervenção, Pedro Marques sublinhou que a inovação deve ser cada vez mais “orientada para as novas especializações económicas”, acompanhando “os caminhos para onde vai a economia mundial”, destacando ainda como prioridades a sustentabilidade demográfica, a redução da dependência energética da economia nacional, a economia do mar, a orientação para o mercado ibérico a partir das regiões do interior e a otimização da prestação em rede de serviços e bens públicos.

Novas políticas europeias para a floresta

O ministro do Planeamento enfatizou também a necessidade de uma mudança de políticas da União Europeia relativamente à forma como os fundos comunitários serão utilizados na floresta do sul da Europa, uma realidade que os incêndios que afetaram Portugal em 2017 tornaram ainda mais evidente.

“As alterações climáticas estão a demonstrar que precisamos de ordenar para dar sustentabilidade a esta floresta e a estas regiões de baixa densidade”, afirmou, sublinhando que a floresta do sul da Europa teve um desenvolvimento particular nos anos recentes através da plantação de espécies que não são autóctones mas que dão maior rendimento, sendo necessário ocupar o território de outa forma.

“É uma prioridade muito importante para o desenvolvimento do país e para a competitividade, resiliência e segurança das populações das regiões de baixa densidade”, sustentou.

Neste sentido, Pedro Marques salientou que o Governo considera crítico o desenvolvimento do potencial agrícola e florestal no futuro pacote de financiamento comunitário, até 2030.

Qualificação e competitividade

O governante referiu também que o quadro comunitário para a próxima década deve destinar particular atenção às qualificações dos jovens, à orientação das qualificações para novas especializações da economia e ainda à qualificação de adultos.

“Precisamos de recuperar a mão-de-obra que não tem as qualificações necessárias, com uma orientação para a dupla certificação de competências: escolares e de qualificações, para as novas necessidades e profissões que economia vai reclamando”, acentuou.

“Esperamos que, se for caso disso, esta reflexão produza uma transformação em toda a estratégia global do país”, acrescentou Pedro Marques, fazendo notar o pilar da estratégia competitiva e de coesão.

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