Inovação é a chave para vencer
Na ocasião, António Costa frisou que a inovação não é só “a chave para setores de tecnologia complexa”, considerando que ela é também fundamental para “modernizar setores da economia tradicionais”, como o têxtil, o calçado ou o agroalimentar.
Segundo o líder do Governo socialista, Portugal “tem de focar-se nos bloqueios estruturais da economia”, recordando que estes estão todos devidamente identificados no Programa Nacional de Reformas (PNR).
E afirmou igualmente ser “preciso fazer os investimentos certos para que o país continue a ter o mais longo período possível de crescimento e de convergência com a União Europeia”.
Ao lembrar que Portugal tem tido bons resultados na economia e na execução orçamental, o primeiro-ministro assegurou que o país já não necessita de viver na angústia do que vai acontecer no dia seguinte.
Pelo contrário, disse, “viver com uma consolidação orçamental sólida, cria a oportunidade de nos centrarmos no fundamental” que é “resolver os problemas estruturais que nos têm bloqueado desde início deste século”.
Apostar na qualificação e na produção
Mas, referiu, para inovar, Portugal precisa de “bons recursos humanos”. Por isso, António Costa apontou que “boa parte do investimento estrangeiro que hoje se fixa em Portugal o faz” por este motivo.
“A nossa competência não poderá ser só em áreas de alta sofisticação, mas há atualmente uma enorme oportunidade nessas áreas que pode e deve ser aproveitada pelos licenciados em áreas de baixa empregabilidade”, enfatizou, acrescentando que a inovação “tem sido também a chave para transformar setores tradicionais como o agroalimentar, área em que Portugal foi capaz de incorporar conhecimento no processo produtivo”.
Desmistificando a velha teoria de que dinheiro gera dinheiro, o líder do Executivo evidenciou que “é a produção que gera dinheiro”, razão pela qual “é necessário produzir para gerar dinheiro e criar emprego”.
Neste ponto, sublinhou destacou ser preciso continuar a desenvolver e estimular, a nível interno, o espírito empreendedor e apoiar as startups, criando cada vez melhores condições para que se possam desenvolver.
A concluir, Costa advogou haver “mais mundo para além da União Europeia, como a China e a Índia, mas também o Reino Unido, de onde muitas empresas e atividades se vão deslocalizar devido ao Brexit”, a saída do Reino Unido da União Europeia.