Inovação é a chave do futuro
Na visita que realizou à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), no âmbito do Roteiro da Inovação, António Costa disse que o momento presente é “o da preparação da estratégia 2030 e o de dar às famílias e ao conjunto dos agentes económicos e instituições científicas a confiança de que este é um caminho que o país vai percorrer com persistência e determinação”.
A meta é, clarificou, alcançar os 3% do PIB investidos na educação e desenvolvimento em 2030.
Mas, para que isso aconteça, frisou: “é preciso que todos tenhamos a noção de que isto é mesmo para levar a sério e termos persistência para trabalhar ano a ano, continuadamente”.
Neste sentido, o líder do Governo socialista avisou que a ambição de termos inovação implica termos qualificação.
Juntar a uva ao conhecimento
Nesta deslocação, o primeiro-ministro participou também no lançamento do laboratório colaborativo “Vinha e Vinho do Douro – Vines & Wines”, uma iniciativa que tem como objetivo contribuir para aumentar o volume e o valor do vinho do Porto no mercado mundial, combatendo as alterações climáticas.
Na ocasião, o governante aproveitou ainda para lembrar o protocolo assinado recentemente para a instalação de um centro Fraunhofer na UTAD, na área da agricultura de precisão.
Realçou depois a melhoria significativa que a viticultura e os vinhos do Douro têm registado nas últimas décadas, considerando que se “juntou à uva o conhecimento”.
Por sua vez, também presente nesta deslocação, o ministro da Ciência e Ensino Superior considerou a localização deste centro em Vila Real como estratégica para Portugal no contexto das economias mediterrânicas.
“A presença de um centro Fraunhofer em Vila Real vai ser crítico para aquilo que estamos a tentar fazer com Marrocos, a Tunísia, Argélia, Líbano e países do Médio Oriente”, vincou Manuel Heitor.
E realçou ainda a importância deste centro para “aquilo que pode ser a afirmação internacional da UTAD no Médico Oriente”, para de seguida reafirmar que o laboratório colaborativo vai ajudar a criar emprego qualificado em Vila Real.
“O conhecimento cria emprego, cria mercados, e o que estamos a fazer é dar um passo decisivo na densificação do território, criando emprego com o conhecimento”, concluiu.
Refira-se que, de Norte a Sul de Portugal, serão aplicados 26,8 milhões de euros na criação dos “primeiros seis laboratórios colaborativos”, que reúnem os setores académico e produtivo e visam “criar emprego qualificado em várias zonas do país”.
Na UTAD, o primeiro-ministro inaugurou ainda a Escola Superior de Saúde, que acolheu a escola de Enfermagem.
(in Acção Socialista)