Infraestruturas: “Nada justifica a criação deste clima de medo junto dos portugueses”
O Governo rejeitou hoje a “situação de alarme social” criada pelo CDS com a denúncia de falta de obras em troços rodoviários e ferroviários,garantindo que estão a ser feitas “obras de manutenção” e “intervenções de emergência”.
“O Governo está preocupado com esta tentativa insistente de criação de uma situação de alarme social com o estado das nossas infraestruturas rodoviárias e ferroviárias e nada, repito, nada, justifica acriação deste clima de medo junto dos portugueses”, afirmou o secretário deEstado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins, em declarações à agência Lusa.
Em causa está o lançamento da iniciativa centrista “País preso por arames”, no âmbito da qual o CDS quer denunciar até ao final do ano, “de norte a sul do país”, a situação de “estradas, ferrovias e pontes” sinalizadas como pontos críticos.
Guilherme W. d’Oliveira Martins vincou, por seu lado, que “o Governo e IP [Infraestruturas de Portugal] têm rede nacionais de estrada e caminhos de ferro em permanente monitorização e há um pouco por todo o país obras de manutenção corrente e intervenções de emergência quando tal é necessário”.
De acordo com o governante, a IP assinou, recentemente, nov econtratos de conservação rodoviária no país num total de 107 milhões de euros.
“Interessa também assinalar que o investimento da IP duplicou em 2018 e vai manter esse ritmo de crescimento em 2019”, realçou Guilherme W.d’Oliveira Martins.
Como obras “de emergência” em curso o responsável assinalou a intervenção na nacional 125, no Algarve, no IC1, entre Alcácer do Sal e Grândola, a construção da ponte do Albardão, a estrada nacional 14, em Famalicão.
“Nas próximas semanas, vamos assinar contratos para obras de maior importância como a Ponte 25 de Abril” e “intervenções no IP3, entre Coimbra e Viseu”, apontou, falando também em “obras de grande complexidade”.
O Secretário de Estado sublinhou que “a IP realiza as obras com toda a celeridade e dentro dos calendários recomendados pelos técnicos eestas ações de fiscalização garantem os níveis de serviço, que as condições dasvias são boas e garantem, como prioridade máxima, a segurança rodoviária”.
O governante criticou ainda que se tenha optado “por fazer política da pior maneira, incluindo clima de medo e insegurança nas pessoas de forma completamente injustificada”.
“Pela nossa parte, garantimos que vamos continuar em prol damobilidade e da segurança da circulação rodoviária e ferroviária”, concluiu Guilherme W. d’Oliveira Martins.