INDÚSTRIA 4.0 QUER COLOCAR EMPRESAS NA VANGUARDA DA INOVAÇÃO
Com um valor global de 414 milhões de euros, totalmente suportados por fundos comunitários, a Indústria 4.0. pretende chegar a mais de nove mil empresas e insere-se na área de inovação na economia do Programa Nacional de Reformas.
Nesta cerimónia, que decorreu em Ílhavo, distrito de Aveiro, estiveram também presentes o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e os secretários de Estado da Indústria, João Vasconcelos, e do Turismo, Ana Mendes Godinho.
“Portugal tem uma escolha a fazer: ou nos viramos para o futuro, e apostamos em estar na crista da onda desta nova revolução tecnológica, ou continuamos a discutir o passado sem avançarmos”, afirmou o primeiro-ministro.
Sublinhando que a aposta na tecnologia é “crítica para a indústria portuguesa”, António Costa sublinhou que “é por este motivo que a Europa está a assumir a revolução tecnológica industrial como uma prioridade. E Portugal tem de fazer parte desta Europa”.
António Costa afirmou também que, do Plano Nacional de Reformas aprovado em Conselho de Ministros, constam mais dois pilares relacionados com este objetivo: a inovação e a capitalização das empresas.
Parcerias entre empresas e universidades
Para que haja inovação, sustentou o chefe do Governo, “é essencial relacionar o saber produzido nas universidades e nos institutos politécnicos com a atividade desenvolvida pelas empresas”.
Depois de lembrar que “o programa Startup Portugal multiplica a energia empreendedora do país”, António Costa disse que “a inovação se alimenta de duas componentes”, que são a qualificação dos recursos humanos e a aprendizagem ao longo da vida.
“Daí a importância do alargamento da rede pré-escolar, uma vez que os dados estatísticos também nos dizem que, quanto mais cedo vão para a escola, menor é o risco de abandono escolar pelos jovens”, disse o primeiro-ministro.
Mas também, frisou, “a aprendizagem ao longo da vida é importante, para garantir que o sucesso desta revolução industrial não é destruído pela disrupção social que ela mesma produz”.
Por outro lado, António Costa identificou a capitalização das empresas como “um dos maiores bloqueios da economia portuguesa”, pelo que, disse, “é um problema que temos de fazer frente de uma vez por todas, de forma a aproveitarmos a oportunidade histórica de liquidez disponível na Europa, como há muito não acontecia”.
Referindo que “o Plano Nacional de Reformas foi pensado como um todo”, António Costa defendeu que agora é preciso “que as políticas públicas e as necessidades do tecido empresarial se articulem”.
“Ao Governo cabe criar as políticas públicas, às empresas cabe a iniciativa privada. Devemos juntar-nos para vencer esta revolução com sucesso”, acrescentou.