“A situação de alerta estará em vigor entre as 00h00 de hoje [domingo] e as 23h59 de terça-feira, dia em que voltaremos a reavaliar”, anunciou o ministro da Administração Interna, em conferência de imprensa, no final de uma reunião que contou com a participação de vários membros do executivo, na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
José Luís Carneiro observou que, “nos próximos dias, a temperatura deverá baixar entre 2 e 8 graus, o que permite termos uma pequena janela para ajustar os esforços”, lembrando, contudo, que “até ao final do verão vão existir outros momentos muito exigentes” e que “é preciso estar preparado”.
Neste contexto, explicou, o Governo tomou a decisão, que envolveu os Ministérios da Administração Interna, da Defesa Nacional, do Ambiente, da Agricultura, da Saúde e do Trabalho e Solidariedade, em articulação com o primeiro-ministro e o Presidente da República, “de baixar nível de exigência dos recursos e meios” de combate aos incêndios “para situação de alerta”.
Na última semana, recorde-se, o país enfrentou temperaturas extremamente elevadas, com o dia de quarta-feira a ter registado valores recorde, e em que quase todos os distritos estiveram sob aviso vermelho, o mais grave emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Medidas da situação de alerta
Ainda que menos grave que a situação de contingência que vigorou anteriormente, a situação de alerta, agora adotada, implica, além do estado de prontidão e mobilização das mais diversas respostas, a implementação de medidas de caráter excecional, como a proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais previamente definidos, a proibição de queimadas, a proibição de trabalhos nos espaços florestais com recurso a maquinaria ou a proibição de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos.
Na terça-feira, indicou ainda o ministro da Administração Interna, a situação será reavaliada, uma vez que se prevê um novo aumento das temperaturas no território.