Incêndios: Costa quer prioridade absoluta às medidas de prevenção para segurança dos cidadãos
O primeiro-ministro afirmou hoje que a prioridade das medidas de prevenção estará centrada na segurança dos cidadãos perante os riscos de incêndio, adiantando que na próxima semana serão lançados os programas “Aldeia segura” e “Pessoas seguras”.
Esta posição foi assumida por António Costa no seu discurso inicial de abertura do debate quinzenal na Assembleia da República e que foi totalmente dedicado às medidas para a prevenção e combate aos incêndios florestais.
Na sua intervenção, António Costa defendeu que a reestruturação do atual modelo de prevenção e combate aos fogos “implica mudanças de natureza transversal, a implementar no médio prazo, que garantam uma melhor articulação dos pilares da prevenção estrutural, da resposta operacional e da vigilância pós-incêndio”.
“Já este ano, a prioridade será a segurança dos cidadãos: reduzindo riscos, prevenindo ameaças, alertando para os perigos, protegendo na contingência e socorrendo na calamidade. Lançamos na próxima semana, os programas “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras”.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro disse que o seu executivo trabalhará “em estreita articulação com os municípios e as freguesias na sensibilização para a autoproteção, na sinalização de caminhos de evacuação e de locais de refúgio, na realização de simulacros e na aquisição de equipamentos de proteção”.
“Trabalharemos com a ANACOM (Autoridade Nacional para as Comunicações) e com as operadoras de comunicações no sentido de criar novos canais para informar a população, sobretudo nas situações de maior risco e sistemas de alerta, com isso, tornar as nossas comunidades mais resilientes e adaptadas ao fogo. Reforçámos, também, este ano, o dispositivo de combate, que contará com mais recursos humanos e equipamentos para aplicação imediata”, disse.
https://www.youtube.com/watch?v=6mIoRb5s_zY&feature=youtu.be
De acordo com o primeiro-ministro no próximo verão, no terreno, estarão “mais 600 elementos da GNR, 79 EIP’s [Equipas de Intervenção Permanente], aos quais se juntam 200 novos guardas florestais, assim como os efetivos das Forças Armadas necessários para reforçar o dispositivo”.
“Ao nível dos equipamentos, foi reforçado o investimento em veículos, fardamento e equipamentos de proteção individual, além do reforço da rede SIRESP – com quatro novas antenas móveis e 451 antenas satélite instaladas nas zonas de maior perigosidade – e dos sistemas de vigilância da Força Aérea Portuguesa”, acrescentou.