O Plano Ferroviário Nacional “não é apenas uma lista de boas intenções, é uma visão estratégica para o futuro que servirá de linha orientadora para futuros investimentos, independentemente de quem governe”, vincou o socialista durante o debate sobre a ferrovia requerido pelo PS, alertando que este é o momento de se avançar com o PFN com horizonte 2050.
Quando o Partido Socialista chegou ao Governo em 2015, herdou “uma verdadeira hemorragia ferroviária, provocada pelo PSD, que precisava de ser estancada com urgência”, recordou o parlamentar, que esclareceu que a prioridade do PS “foi recuperar o que estava abandonado e devolver a confiança aos portugueses, garantindo que a oferta era cumprida”.
“Ao fecho das oficinas, respondemos com abertura de novas oficinas, reforçando a capacidade de resposta; ao fecho de linhas, respondemos com dois mil milhões para o Ferrovia 2020, que reabriu linhas, reabilitou e eletrificou praticamente toda a rede ferroviária nacional; ao abate indiscriminado de comboios, respondemos com dezenas de comboios; ao aumento dos passes, respondemos com a redução tarifária incentivando a procura”, enumerou.
O Partido Socialista provou que “a fórmula do fecho de linhas, do emagrecimento das empresas, do abate de comboios estava errada”, asseverou.
Salientando que “parte do plano já está em marcha com o projeto de alta velocidade Porto-Lisboa, Lisboa-Évora e as obras do Ferrovia 2020”, José Carlos Barbosa lembrou que “o Plano Ferroviário Nacional é muito mais”.
Ora, os socialistas querem “levar o comboio a todas as capitais de distrito”, querem “reduzir os tempos de viagem e promover ligações aos aeroportos e aos portos”, bem como criar novas linhas.
“O debate sobre o PFN gerou centenas de contributos e um consenso alargado”, tendo a ferrovia passado, “graças até ao ex-ministro Pedro Nuno Santos, a ser vista como uma prioridade nacional”, sublinhou.
Assim, o deputado defendeu que “é crucial que o Governo dê continuidade ao caminho” começado pelo executivo do PS, sendo a discussão e aprovação do Plano Ferroviário Nacional um “passo decisivo”.