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Igualdade de género é uma questão central das políticas públicas

Igualdade de género é uma questão central das políticas públicas

O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, defendeu que a igualdade de género “não é uma questão secundária, não é uma questão de mulheres”, mas sim “uma questão central das políticas públicas e uma questão de todos, que a todos diz respeito”.

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Descentralização vai marcar o próximo ciclo autárquico

Eduardo Cabrita que falava durante a sessão de abertura do colóquio internacional sobre “Igualdade de Género na Administração Local” (Local Gender Equality), em Lisboa, sublinhou que “a problemática da igualdade de género tem-se alterado ao longo dos anos, mas há ainda muito trabalho a fazer para garantir uma sociedade mais igualitária”, disse.

O ministro salientou que “a participação autárquica de mulheres reforçou-se significativamente desde que nas eleições de 2009, pela primeira vez, foram aplicadas regras de paridade”, apontando como exemplo o facto de atualmente existirem mais de 25% de mulheres vereadoras, quando antes de 2009 eram apenas 10%.

No entanto, Eduardo Cabrita disse que apesar deste crescimento da participação das mulheres na administração local, Portugal está “muito longe” daquilo que são os objetivos no que toca à igualdade de género, exemplificando com o facto de menos de 10% de mulheres ocuparem a função de presidente de câmara.

Neste contexto, o ministro Adjunto defendeu que é fundamental a concretização dos planos para a igualdade e dos protocolos de cooperação estabelecidos entre os municípios e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, assim como a existência de conselheiras para a igualdade e a realização de iniciativas de celebração do Dia Municipal para a Igualdade.

Igualdade no trabalho

Eduardo Cabrita reafirmou ainda que o Governo está empenhado em resolver a questão da igualdade de género no mundo do trabalho e das empresas, colocando “na concertação social uma agenda para a igualdade como um tema de primeiro plano, quer para empregadores, quer para os representantes dos trabalhadores”.

“O combate às disparidades salariais, que aumentaram durante a crise económica, é uma das prioridades”, acrescentou.