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Hortense Martins destaca resposta do SNS ao financiar medicamentos para o tratamento da fibrose quística

Hortense Martins destaca resposta do SNS ao financiar medicamentos para o tratamento da fibrose quística

A vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Hortense Martins apresentou hoje, no Parlamento, o projeto de resolução do Partido Socialista que recomenda ao Governo a adoção das medidas necessárias a um acesso mais célere às terapias inovadoras para os doentes de fibrose quística, e sublinhou que, apesar de ainda existirem aspetos que “têm de ser melhorados para simplificar e evitar redundâncias”, já há três fármacos moduladores destinados ao tratamento desta doença que se encontram financiados no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

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Começando por saudar os cidadãos que assinam a petição que pede o acesso imediato ao Kaftrio para pacientes com fibrose quística em Portugal, Hortense Martins notou que “os cidadãos e as associações de doentes têm cada vez mais uma participação ativa nas políticas de saúde”.

A deputada do PS recordou que esta era uma “doença relativamente desconhecida” até ao momento da sua mediatização “através do pedido de ajuda feito por Constança Braddell, que, embora tendo tido acesso ao medicamento, veio a falecer com complicações na sua saúde”. “Embora postumamente”, o Grupo Parlamentar do PS deixa-lhe um agradecimento, que dirige à sua família, disse.

“Desde o momento em que fomos alertados para este problema, que assumimos o compromisso de tudo fazer no sentido de apoiar a resolução ou mesmo desbloqueio deste problema”, asseverou Hortense Martins, que referiu que a bancada do Partido Socialista contactou logo o Governo e o Infarmed após reuniões com os subscritores desta petição, especialistas e doentes.

A vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS realçou “os esforços feitos pelo Ministério da Saúde e pela nossa Agência do Medicamento – o Infarmed – para acelerar estas respostas, não só a nível nacional, mas também a nível europeu”.

E lembrou que quando este processo foi iniciado, “encontravam-se em avaliação no Infarmed o medicamento Kaftrio e os medicamentos Symkevi e Orkambi, todos fármacos moduladores destinados ao tratamento da fibrose quística”.

Ora, “atualmente, todos os fármacos mencionados se encontram financiados no SNS. Sim, o SNS deu resposta também a este problema”, destacou a socialista, que se congratulou por o Serviço Nacional de Saúde e o Infarmed terem dado resposta “a estes portugueses, que merecem assistência do Serviço Nacional de Saúde”.

Hortense Martins asseverou em seguida que muitos profissionais veem a aprovação do uso do Kaftrio e o seu financiamento como uma “nova era para a doença”: “Muitos profissionais apontam a mudança de paradigma, passando do tratamento dos sintomas para que a fibrose quística passe a ser uma doença crónica, em que se pode aumentar muito a esperança média de vida de um doente”.

A deputada do PS indicou ainda que, “desde 12 de julho, Portugal integra a rede europeia de centros de excelência da fibrose quística”, sendo o Centro de Referência do Centro Hospitalar de Lisboa Norte o segundo da Península Ibérica, “com uma excelente classificação que coloca Portugal no mapa do roteiro dos centros de referência”. “Esta também foi uma das boas notícias que chegou em pleno período de pandemia”, frisou.

Hortense Martins terminou a sua intervenção com mais uma saudação ao trabalho desenvolvido pelo Serviço Nacional de Saúde, que tem conseguido o acesso a medicamentos inovadores “não só neste caso”. “Para o SNS, todos os esforços têm de ser feitos para salvar vidas e as vidas não têm preço”, assegurou.

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