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HOMENS PARLAMENTARES SOCIALISTAS CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA X

HOMENS PARLAMENTARES SOCIALISTAS CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA X

Na data em que se assinalou o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, as Mulheres Socialistas (MS – ID) deram a palavra aos deputados do PS, na sequência do papel que a Convenção de Istambul atribui aos parlamentares na prevenção e combate à violência contra as mulheres e à violência doméstica.
HOMENS PARLAMENTARES SOCIALISTAS CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA X

A educação é a chave fulcral para o combate à violência doméstica. No núcleo familiar, desde logo, com uma melhor formação cívica de cada cidadão e cidadã, para que a sua relação com o(a) outro(a) não seja ditada pela força física ou psicológica de um(a) sobre o(a) outro(a); e, na sociedade em geral, com a maior consciencialização de que a violência doméstica não é aceitável e constitui um crime público, que deve ser denunciado.

Fernando Paulo
Deputado à Assembleia da República

 

É preciso continuar a combater a violência contra as mulheres. Mas também a capacitar os jovens em particular para a violência no namoro. 6 em cada 10 jovens portugueses sofrem ou já sofreram violência no namoro. #NamorarNãoÉSerDon@, namorar é tratar bem!

Luís Soares
Deputado à Assembleia da República

 

A violência doméstica é um flagelo contra a própria Humanidade, porque é praticada por seres humanos contra seres humanos, que se encontram em diferentes patamares de poder, quer efetivo, quer simbólico. Por ser exercida, na esmagadora maioria das vezes, sobre as mulheres, é também por isso violência de género, o que multiplica as dificuldades e as consequências para as vítimas. Por ocorrer no espaço doméstico, este fenómeno, que é crime público, extravasa os seus danos para todos os membros da família que vivem sob o mesmo teto, incluindo as crianças, que crescem num contexto de habituação à violência. Também os idosos, são vítimas deste fenómeno, que põe em causa a solidariedade intergeracional como pilar de segurança da sociedade. É necessário, por isso, intervir no espaço doméstico com informação, educação, proteção, consciencialização para o perigo endémico da violência doméstica, como forma de prevenir a disfunção social e os danos económicos que esta provoca. Porque cria seres humanos pouco confiantes em si próprios, pouco assertivos, pouco ambiciosos, pouco sonhadores. Porque castra, desde cedo, a exigência de respeito pela dignidade humana. No território a que pertenço, considero muito importante o reforço das medidas de consciencialização acerca do fenómeno, combatendo-o através da educação desde tenra idade, para o respeito, primeiro por si própria(o), e também pelo coletivo. Ensinar a identificar e combater preconceitos, ensinar a perceber como se constroem e como, pacificamente, se desmontam. Este papel cabe a todos: cidadãos, escolas, autoridades, municípios, freguesias, associações, igrejas, comunicação social, empresas. O combate e a prevenção da violência doméstica é um objetivo e uma necessidade estratégica, que contribui para uma maior resiliência dos territórios, porque promove o desenvolvimento de sociedades mais justas e equilibradas e deve ser considerada como desígnio coletivo.

José Rui Cruz
Deputado à Assembleia da República