Homenagem a Salgueiro Maia evoca a defesa permanente de Abril
Falando à margem da inauguração de um monumento em Castelo de Vide de homenagem a Salgueiro Maia, o ministro da Defesa, depois de considerar ser “uma honra” estar presente no evento, lembrou que o capitão de Abril deve ser sempre recordado como “alguém que nunca manifestou qualquer vocação partidária”, um princípio que tem de ser “sempre respeitado”.
Pegando na imagem icónica de Salgueiro Maia, o governante referiu que o trabalho iniciado pelos capitães de Abril naquele “dia inicial inteiro e limpo”, pegando nas palavras de Sophia de Mello Breyner Andresen, é um “trabalho em curso permanente”, sendo que o fundamental, como sublinhou, é que os portugueses nunca se esqueçam dos “valores e dos princípios fundamentais de liberdade, de democracia, de respeito e de convívio”, de modo a jamais se perca a “noção de que somos uma comunidade em que temos de valorizar os outros que vivem connosco neste mesmo espaço”.
A cerimónia, que se realizou na Praça 25 de Abril, em Castelo de Vide, descerrou um trabalho que é composto por um busto de Salgueiro Maia e por um modelo igual ao da chaimite que o transportou na madrugada de 25 de Abril de 1974 até Lisboa.
A ocasião serviu de pretexto a João Gomes Cravinho para se referir a Salgueiro Maia como alguém que representou o “que de melhor temos entre nós portugueses”, fazendo ainda questão de salientar que a Constituição, na sua essência, “ainda é a mesma que temos desde pouco depois do gesto heroico de Salgueiro Maia”.
A lei fundamental da República, na opinião do governante, “consagra os valores e os princípios que eram dele e que hoje em dia pertencem igualmente a todos nós”.