“O Governo apresentou hoje mais um conjunto de soluções para apoiar as famílias neste momento em que o Banco Central Europeu continua a aumentar as taxas de juro”, algo que fez “pela décima vez consecutiva”, vincou o presidente do Grupo Parlamentar do PS em declarações à comunicação social depois da apresentação pelo ministro das Finanças de medidas sobre o crédito à habitação.
Eurico Brilhante Dias admitiu que “é com pena” que regista que “alguns partidos de oposição em vez de subscreverem algumas destas iniciativas, não só não criticam o Banco Central Europeu pelas suas consecutivas decisões – de forma errada – de aumentar as taxas de juro, como atacam o Governo por mais uma vez apoiar os portugueses”.
O líder parlamentar socialista lembrou depois as palavras do primeiro-ministro no debate da moção de censura desta semana para garantir que “o Governo continua à procura de soluções”. No entanto, “infelizmente, a esmagadora maioria dos partidos de oposição continua muito centrada em criar mais confusões”.
Notando que “o PPD/PSD, passados estes dias todos, não tomou nenhuma posição pública sobre o aumento de taxas de juro por parte do BCE”, Eurico Brilhante Dias sublinhou que “os portugueses sabem, com mais segurança, que o Governo os vai apoiar num momento de grande incerteza, controlando o aumento das prestações, garantindo uma estabilidade da sua prestação nos próximos dois anos quando as taxas de juro estão – dizem algumas fontes e os comentadores da área económica – a atingir o seu pico”.
O presidente do Grupo Parlamentar do PS explicou que as medidas anunciadas hoje “são adotadas porque o Banco Central Europeu não infletiu a sua política”, algo que foi “contra a própria vontade do Partido Socialista e do Governo, que o manifestou em diferentes circunstâncias”.
“A semana passada, voltou a aumentar pela décima vez as taxas de juro de referência, aliás com grande apoio da direita no Parlamento Europeu, em particular do Partido Popular Europeu, de que fazem parte o PSD e o CDS”, salientou.
Eurico Brilhante Dias defendeu, pois, que “hoje é preciso apoiar os portugueses sem que eles fiquem com o lastro negativo no Banco de Portugal com um incumprimento”. “As famílias portuguesas precisam de apoio agora perante esta insistência errada de aumento continuado das taxas de juro” e é isso que o Governo do PS tem feito, assegurou.