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Há uma enorme incompetência na ação governativa relativamente à gestão de serviços …

Há uma enorme incompetência na ação governativa relativamente à gestão de serviços …

O secretário-geral do PS manifestou-se hoje apreensivo com a situação de paralisia de serviços essenciais do Estado, como os da saúde, sustentando que, “por incapacidade” do Governo, o mesmo antes sucedera nos setores da educação e justiça.

António Costa falava aos jornalistas após ter estado reunido mais de uma hora com uma delegação da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), liderada pelo seu presidente, António Saraiva, onde apresentou a Agenda para Década.

“Gostaria de manifestar a minha preocupação com o facto de agora também o setor da saúde estar paralisado, tal como já tinha acontecido com a abertura do ano letivo, com a avaliação dos professores e com o sistema informático da justiça. Uma paralisia por incapacidade da ação governativa”, acusou o líder socialista.

Perante os jornalistas, o secretário-geral do PS afirmou que esta situação de paralisia “afeta setores fundamentais da atividade do país”.

“Não é possível que estejamos em pleno século XXI e que, em setores fundamentais como a justiça, a educação e a saúde, se entre em situações de rutura e em situações normais. Todos os anos existe Natal e Ano Novo”, disse, numa referência aos casos controversos de mortalidade verificados em serviços de urgência de hospitais nacionais.

António Costa considerou então “inadmissível que o Governo não consiga assegurar o funcionamento de serviços fundamentais do Estado, causando graves problemas à população”.

“Há uma enorme incompetência na ação governativa relativamente à gestão de serviços fundamentais – um resultado do desinvestimento e da pauperização acentuada no funcionamento dos serviços. Havia a ideia que os serviços poderiam ser esvaziados sem consequências, mas, como se vê, isso não acontece e as consequências são graves na saúde, na educação e na justiça”, apontou o líder socialista.