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Há uma divergência insanável entre o PS e o Governo

Há uma divergência insanável entre o PS e o Governo

As estratégias orçamentais do PS e do Governo são contraditórias. “Divergência insanável prestigia a democracia e dá aos portugueses liberdade de escolha”, diz o líder socialista.

Após a reunião com o primeiro-ministro, António José Seguro afirmou que, apesar de existir um consenso sobre a necessidade de equilibrar as contas públicas, o Partido Socialista e o Governo defendem estratégias orçamentais distintas. “Há uma divergência insanável no que diz respeito à estratégia orçamental”, garantiu, vincando que, “desde o início, os portugueses sabem que há caminhos diferentes para atingir o equilíbrio das contas públicas”.

Esta divergência entre o PS e o Governo não prejudica Portugal e, segundo António José Seguro “prestigia a democracia e dá aos portugueses liberdade de escolha”. Aliás, “se houve alguma incerteza ao longo deste período foi provocada pela maioria aquando da demissão de Paulo Portas. Aí é que os juros subiram”.

O Secretário-geral do PS encontrou-se com o líder do Executivo para cumprir um “dever institucional” e alertou que, “é obrigação do governo, depois dos pesados sacrifícios impostos aos portugueses, criar as condições para regressar aos mercados sem quaisquer condições. Se essas condições se verificarem o Governo cumpriu o dever, se não se verificarem o Governo deve explicações aos portugueses”.

Há mais de um ano que o Partido Socialista defende uma renegociação da nossa dívida, e uma solução europeia para a dívida. Seguro reafirmou ser “um defensor da mutualização de parte da dívida”. “Nós precisamos de uma solução europeia para a dívida. Enquanto ela não ocorrer, precisamos de renegociar a nossa dívida. Em prazo e em juros”, afirmou.