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Há uma direita reacionária e assanhada contra o SNS

Há uma direita reacionária e assanhada contra o SNS

“Há hoje uma direita reacionária no poder em Portugal presidida por um neoliberal assanhado que está contra o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. Foi com estas palavras que o antigo ministro socialista António Arnaut definiu a atual maioria governamental liderada por Passos Coelho.

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Há uma direita reacionária e assanhada contra o SNS

António Arnaut falava na sessão de encerramento da conferência “Defender o SNS. Promover a Saúde” que o Partido Socialista organizou em Coimbra, iniciativa que contou com a presença do Secretário-geral do PS, António Costa.

Apesar dos ataques que tem sofrido por parte da direita, disse o antigo ministro dos Assuntos Sociais, o SNS tem sabido resistir pela sua “grande força na consciência popular”, recordando que em 2012 “só a ADSE, subsistema de saúde para funcionários e agentes da Administração Pública, pagou cerca de 500 milhões de euros a prestadores de cuidados de saúde privados”. Neste sentido, questionou se esses serviços não poderiam ter sido desempenhados pelo sector público.

Lamentou que nos últimos anos o SNS tenha perdido perto de quatro mil camas, enquanto o sector privado, no mesmo período, aumentou em mais de duas mil. Dados que Arnaut apontou como um dos muitos indicadores reveladores de que o atual Governo está contra o serviço público de saúde e a favorecer o sector privado, que “nunca esteve tão viçoso” como atualmente. O também fundador do PS sustentou que se não fosse a Constituição da República a atual maioria “já teria revogado o SNS”.

Depois de defender que o Estado Social é a “marca identitária do PS e o SNS a sua trave mestra”, António Arnaut concluiu que sem o Partido Socialista “não teria havido SNS”, recordando que a legislação que o criou foi aprovada pela Assembleia da República, há 35 anos, com os votos contrários dos partidos que formam hoje a coligação que está no poder em Portugal.