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"Há uma alternativa política à política de desastre do Governo"

"Há uma alternativa política à política de desastre do Governo"

António José Seguro afirmou que não existe uma “fórmula mágica” para ultrapassar a crise, mas assegurou que há uma “alternativa política” ao que tem sido uma política de “desastre” do Governo, sublinhando que “o primeiro-ministro não tem soluções para o país”.

Em Braga, onde participou na apresentação do candidato socialista à Câmara Municipal local, o secretário-geral do PS defendeu que “era muito importante que a troika, quando viesse a Portugal no final deste mês, viesse representada ao nível de direção política e não ao nível de técnicos”, disse.

António José Seguro afirmou ser fundamental uma mudança no processo de ajustamento económico em curso apelando a que o país “junte as vozes” nesse sentido.

O secretário-geral do PS apontou ainda o desemprego como o “principal problema do país”.

António José Seguro defendeu que é necessária uma “voz firme” para dizer à troika que Portugal quer “cumprir mas que precisa de condições” e apontou como caminho “aproveitar” a próxima avaliação da ´troika´ para “alterar a nossa trajetória de consolidação das contas públicas”.

O líder socialista voltou a afirmar que o “memorando está completamente desajustado daquilo que é a realidade” de Portugal sendo, por isso, “prioridade” que a avaliação a Portugal não seja feita em função do cumprimento ou não do acordo de ajustamento.

“Neste momento é fundamental que o país junte as vozes e seja determinado na defesa dessa mudança do processo de ajustamento”

Na semana em que se divulgou o número de desempregados em Portugal, 923 mil, o líder do PS alertou para a “grande urgência nacional” que é a “necessidade de responder ao flagelo que é o desemprego” considerando que este é o “principal problema do pais” e que Portugal está à “beira de uma tragédia social”.

Segundo o líder socialista, é preciso “alterar o rumo da consolidação orçamental” e dar “prioridade ao crescimento económico e ao emprego” porque, alertou, “tocaram todos os sinais de alarme”.

A alternativa passa por “uma estratégia credível” para Portugal.

“Isso significa mais tempo para consolidação das contas públicas, mais tempo para pagar a dívida, significa o adiamento por um período razoável do pagamento de juros, de modo a criar condições e um ambiente amigo do crescimento económico e do emprego”, apontou António José Seguro.