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“Há bons indicadores de que o governo está a agir corretamente”

“Há bons indicadores de que o governo está a agir corretamente”

O líder da bancada do PS, Francisco Assis, destacou que a reação dos mercados internacionais à colocação de dívida portuguesa foi hoje favorável aos interesses do país.  

“Hoje a reação dos mercados internacionais foi favorável aos interesses do país, é evidente que temos um longo caminho a percorrer e todos temos consciência, quer a nível nacional quer a nível europeu, que nada de essencial está ainda resolvido”, afirmou. Para Francisco Assis, “há bons indicadores” de que o governo “está a agir corretamente”.
Em conferência de imprensa no Parlamento, Francisco Assis afirmou ainda, que Cavaco Silva, na qualidade de recandidato ao cargo, está a “adotar uma linha de orientação que não privilegia a manutenção de um clima de estabilidade institucional”. Francisco Assis, disse hoje que o Presidente da República e recandidato Cavaco Silva segue “demasiadas vezes” a via da crítica ao Governo na campanha eleitoral, afirmando que esse discurso gera instabilidade institucional.
“O país não precisa de um Presidente da República transformado num provedor universal de todos os descontentamentos, nem tão pouco de um Presidente da República erigido no papel de contra-peso da ação do Governo legítimo do país”, declarou.
Francisco Assis disse referir-se às recentes críticas de Cavaco Silva sobre “o que se devia ter feito e não se fez” e sobre “o devia ter sido feito mais cedo ou mais tarde”.
Francisco Assis considerou ainda, que o candidato presidencial Manuel Alegre fez apenas “considerações de caráter genérico” e não críticas diretas ao Governo sobre as medidas de austeridade.
“Creio que o candidato Manuel Alegre fez considerações de caráter genérico sobre a forma como a nível europeu estamos a reagir à crise e não formulou nenhuma crítica direta à forma como o Governo português em concreto tem reagido a esta crise”, afirmou Assis.
Francisco Assis disse que “objetivamente” as medidas de austeridade do Governo podem “ter efeitos recessivos”.
“Nós somos os primeiros a afirmá-lo e a reconhecê-lo. Por isso mesmo estamos a apostar no crescimento das exportações tendo em vista garantir o crescimento da economia”, argumentou.
Assis disse compreender “que o discurso de Manuel Alegre seja diferente do discurso do Governo” e frisou que ninguém “está a fazer apelo a que os candidatos se limitem a sustentar as ações do Governo”.
Francisco Assis afirmou esperar que no que resta da campanha eleitoral “se discutissem as questões nacionais” e que os discursos estivessem menos centrados “em ataques sistemáticos e sucessivos à atuação do Governo”.