Grupo da Coesão afirma-se com a nova designação de ‘Amigos de uma Europa ambiciosa’
“Acho que foi a tradução da realidade. Hoje já não se trata só de discutir qual o montante adequado para a coesão. Trata-se de discutir efetivamente qual é a dimensão orçamental adequada para que a Europa cumpra a ambição que traduziu na sua agenda estratégica […] E foi por isso que o meu colega grego [o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis] teve, aliás, a feliz ideia de dizer: ‘este é o momento de assumirmos uma nova designação, nós somos os Amigos de uma Europa ambiciosa’”, referiu.
O grupo dos países da Coesão reuniu-se por duas vezes, no quadro dos múltiplos encontros que decorreram na sede do Conselho Europeu, tendo decidido pela adoção de uma nova designação, o que António Costa considerou corresponder a uma “feliz ideia”, ao encontro da nova ambição que se torna fundamental imprimir na agenda do projeto europeu.
Os ‘Amigos de uma Europa ambiciosa’ foram unânimes na rejeição do documento negocial colocado sobre a mesa, que contemplava um montante global para os próximos sete anos equivalente a 1,069% do Rendimento Nacional Bruto da UE, ainda menos ambicioso que a proposta apresentada em dezembro passado pela presidência finlandesa (1,07%), também liminarmente rejeitada.
Os 17 Estados-membros que o integram, Portugal, Bulgária, Chipre, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Grécia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia e Itália, reafirmaram a sua firme oposição a um orçamento pouco ambicioso, que sacrificaria as Políticas de Coesão e a Política Agrícola Comum.
Após a cimeira de Bruxelas, estão previstas ao longo das próximas semanas novas rondas e consultas com vista a aproximar as partes, de modo a que seja possível alcançar um acordo em novos termos sobre o orçamento da União Europeia pós-2020.