Hortense Martins, que começou por afirmar, durante o debate sobre as Grandes Opções para 2021-2025, que “Portugal tem conseguido enfrentar o enorme desafio que a pandemia da Covid-19 nos trouxe com resiliência” e graças ao “nosso Estado social e ao seu importante pilar que é o Serviço Nacional de Saúde”, asseverou que “uma forte prioridade para este Governo e para este Grupo Parlamentar é a saúde”.
Garantindo às restantes bancadas que “o subsídio de risco está a ser pago a cerca de cinco mil” profissionais de saúde, a deputada sublinhou que o PS reforçou “continuamente os recursos para fazer face às necessidades do Serviço Nacional de Saúde, das pessoas, das famílias e das empresas.”
E apontou que, “no início desta crise, as finanças públicas estavam equilibradas, os serviços públicos estavam mais reforçados e os instrumentos especialmente para a coesão social”.
O Executivo do Partido Socialista tem vindo a reforçar o Serviço Nacional de Saúde. “Em 2020 houve um acréscimo relevante da despesa total. Também este ano, em 2021, cresceu 5,9%”, recordou a parlamentar, que notou que a despesa com pessoal cresceu 10,4%, “refletindo um aumento de cerca de 10 mil profissionais de saúde”.
“Os recursos humanos foram essenciais para fazer face a esta pandemia”, assegurou.
Ora, os “eixos de intervenção das Grandes Opções são no sentido de promover uma saúde que seja também de prevenção de doenças, a promoção da universalidade do seu acesso, do reforço da saúde pública e também da saúde mental dos cuidados paliativos. Por isso, o instrumento do Plano de Recuperação e Resiliência, onde estão indicados 1.380 milhões de euros, é muito relevante para os cuidados primários, para os cuidados integrados e para os cuidados paliativos”, frisou.
“Temos de continuar este caminho de reforço do Serviço Nacional de Saúde e é com esperança e confiança na retoma do controlo das nossas vidas e com sentido de responsabilidade que continuaremos a trabalhar no Parlamento e em articulação com o Governo”, afiançou Hortense Martins.
A vice-presidente da bancada do PS mostrou-se depois desapontada com as intervenções dos restantes grupos parlamentares, já que era o momento de os partidos “colocarem aqui as suas ambições, as ambições para o país e a estratégia que têm”. “Era esse contributo que esperávamos ver”, atestou.
E destacou o investimento público que o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, anunciou hoje no debate, que “pretende alavancar o investimento privado” e o “investimento público nas pessoas, nas empresas, no ambiente, no território, e isso é fundamental”.
Hortense Martins deixou uma certeza: “Não podemos ter, por um lado, quem diz que os instrumentos são fracos, que não se planeia, mas quando chega a hora de planear tenta-se neste hemiciclo desvalorizar esta discussão, e isso está profundamente errado”.