GRANDE VITÓRIA DO PS E DERROTA HISTÓRICA DA DIREITA

Faltando ainda apurar os resultados dos círculos da Europa e fora da Europa, o PS conta já com 106 deputados e deputadas, mais 20 que em 2015. A direita teve a maior derrota de sempre. O PSD perdeu 12 deputados e o CDS 13. Com a expressiva vitória do PS, a esquerda parlamentar sai destas eleições reforçada. Mais força implica mais responsabilidade.

Alguém disse que é mais fácil conquistar um país que governá-lo. Felizmente, Portugal tem um primeiro-ministro com provas dadas, que nos últimos quatro anos promoveu o crescimento económico, reduziu o desemprego para metade, combateu as desigualdades, retirou mais de 180 mil pessoas da pobreza, baixou o custo dos passes sociais, aumentou os rendimentos das famílias, captou investimento, investiu na inovação, na excelência e na modernização do país… Os bons resultados são reconhecidos cá dentro e são elogiados lá fora. Na campanha, ouvi várias vezes dizer: “sou do PSD, mas reconheço que foi um bom governo” e “sempre votei PSD e agora vou votar PS porque vivo muito melhor”. Estes progressos foram conseguidos porque houve estabilidade política.

Os portugueses confiaram no PS para António Costa continuar a governar Portugal. A confiança pública é a base de um governo eficiente e duradouro. Mas não suficiente. Como afirmou António Costa ontem ao final da noite, “os portugueses desejam a continuidade da atual solução política, agora com o PS mais forte”. E acrescentou, sorrindo, “os portugueses gostaram da geringonça”. Por isso, vai encetar contactos com os parceiros da anterior legislatura, e também com o PAN e o Livre, para garantir a estabilidade que os portugueses desejam e o país merece. Cada um assumirá a sua responsabilidade. Num cenário de imprevisibilidade política e económica a nível internacional, de que o Brexit, o fraco desempenho das economias alemã e italiana, os desentendimentos comerciais entre os Estados Unidos e a China, as alterações climáticas, os desafios demográfico e de transição para a sociedade digital são exemplo, é quando mais precisamos de estabilidade. Para incertezas chegam-nos as que vêm lá de fora.

Para já uma certeza: as portuguesas e os portugueses podem contar com o PS para fazer ainda mais e melhor. Essa é a nossa vontade. Esperamos que os outros partidos de esquerda nos acompanhem neste objetivo.

7 de outubro de 2019

Edite Estrela