GPPS destaca capacidade de resiliência e reação rápida da economia portuguesa
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS João Paulo Correia frisou hoje, no Parlamento, que a queda da economia portuguesa no ano de 2020 “não foi tão grave como eram as estimativas” das entidades nacionais e internacionais devido à “capacidade de resiliência” e de “reação rápida” da economia, aliada à mobilização, por parte do Estado, de “22 milhões de euros de apoio à economia, às empresas e às famílias”.
“Num ano em que o PIB [Produto Interno Bruto] quebrou 15 mil milhões de euros, o Estado mobilizou 22 mil milhões de euros”, destacou o dirigente socialista em declarações aos jornalistas, que notou que, “obviamente, o Estado não se poupou a esforços” durante a crise provocada pela pandemia de Covid-19.
“A queda da nossa economia no ano 2020 não foi tão grave como eram as estimativas e as previsões de todas as entidades nacionais e internacionais”, mais concretamente entre os meses de outubro e dezembro, sublinhou João Paulo Correia, que explicou que tal se deveu “a um comportamento mais positivo do investimento e a um comportamento também mais positivo do que o esperado na capacidade exportadora das nossas empresas”, o que “representa um dado muito importante para a recuperação da economia no ano de 2021”.
Admitindo que a queda de 15 mil milhões de euros no PIB corresponde a “uma queda sem para-quedas”, provocando um “impacto brutal no tecido económico e no tecido social do nosso país”, o vice-presidente da bancada socialista garantiu que a capacidade de resiliência e de reação rápida da economia portuguesa é uma “demonstração de esperança e, acima de tudo, confiança nas empresas, nos nossos empresários e nos nossos trabalhadores”.
“Em nome do Partido Socialista gostaria de deixar aqui uma palavra de enorme reconhecimento pela capacidade de resistência e de combate que muitas empresas, empresários e trabalhadores têm dado”, disse.
Relativamente à nova vaga da Covid-19 que está a atingir Portugal, precisamente no primeiro trimestre de 2021, João Paulo Correia esclareceu que “vem dificultar o arranque e a recuperação económica”, mas mostrou-se confiante que “depois de dobrarmos este Cabo das Tormentas – esta nova vaga –, a nossa economia irá recuperar com a mesma rapidez e com a mesma confiança que demonstrou no último trimestre de 2020”.
Para que tal aconteça “é importante que a Europa também mobilize rapidamente o Plano de Recuperação e Resiliência, a tal ‘bazuca’ financeira”. “O nosso país cumpriu o seu objetivo, fez o seu papel, o Governo e o Parlamento aprovaram um contributo português para o Plano de Recuperação e Resiliência à escala europeia, esperemos que os outros Estados-membros também o façam”, referiu o deputado do PS.
“Esperemos também que sejamos premiados pela eficácia e pela diligência, porque o país precisa muito que a primeira tranche – os 1.600 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência – chegue rapidamente à nossa economia, às empresas e também às famílias”, alertou.
João Paulo Correia lembrou que “o Partido Socialista defendeu o Orçamento do Estado para 2021 como um Orçamento do Estado de combate à pandemia” e mostrou-se convicto de que o Governo “certamente não irá poupar esforços no apoio às empresas, na proteção dos rendimentos e na proteção das famílias e na proteção, também, do emprego”.
É crucial que “todas as medidas que estão em curso, quer medidas a fundo perdido, quer medidas de resposta social, quer medidas de apoio à tesouraria das empresas, continuem a ser mobilizadas com toda a força”, asseverou o parlamentar.
João Paulo Correia concluiu com um aviso: “Não está em causa aqui qualquer lógica de poupança orçamental, o que está aqui em causa é o interesse e a vontade de mobilizar todos os recursos disponíveis para ajudar a economia, as empresas e as famílias”.