“Juntos enquanto Equipa Europa, as instituições da UE e os Estados-membros assumiram a liderança na resposta global à pandemia. Em um ano, garantimos mais de 46 mil milhões de euros para ajudar os países mais vulneráveis. Graças ao Alto Representante Josep Borrell e a outros progressistas, a Europa foi o impulsionador do COVAX, do Acelerador de Acesso a Ferramentas contra a Covid-19 e de muitas outras iniciativas”, destacou o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português, Francisco André, que presidiu à reunião.
Neste sentido, o governante socialista apontou que, “com o aumento do vírus em várias partes do mundo”, é hoje “mais importante do que nunca que a Europa cumpra as suas responsabilidades globais”.
Lembrando, por exemplo, que apenas 4% da população em África está totalmente vacinada, Francisco André sustentou que “precisamos de aumentar este número, através de doações e de apoio à capacidade local de fabricação de vacinas”.
“Temos de garantir que as vacinas estão disponíveis para todas as pessoas o mundo. Ninguém estará seguro da Covid-19 até que estejamos todos seguros”, concluiu.
Os socialistas e democratas (S&D) europeus têm vindo a exercer uma forte pressão no sentido de aumentar as doações de vacinas pela União Europeia a países parceiros mais vulneráveis, tendo Bruxelas chegado ao compromisso de doar 500 milhões de doses até meados de 2022 e pelo menos 250 milhões até o final de 2021. Juntamente com as doações, referem ainda os socialistas e democratas, é vital desenvolver mais a capacidade de fabricação local de vacinas, de medicamentos e de tecnologias de saúde, especialmente em África.
Os participantes nesta reunião, os ministros para o Desenvolvimento e Cooperação da Bélgica, Finlândia e Espanha, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português, Francisco André, bem como Giacomo Filibeck, secretário-geral adjunto do PES, e Udo Bullmann, eurodeputado e coordenador dos S&D nesta área, destacaram ainda a importância da diplomacia da água e a necessidade de a UE trabalhar para garantir o acesso e a proteção dos recursos hídricos em todo o mundo. O acesso à água potável, como referem, “faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e é um direito humano básico”.