“As transformações mais significativas que conhecemos na nossa Administração Pública têm todas a marca dos governos do Partido Socialista”, começou por assinalar Fátima Fonseca durante o debate sobre a situação dos serviços públicos requerido pelo PSD.
“Os investimentos que permitem estas medidas têm como pressuposto uma governação com contas públicas equilibradas e sustentáveis, esse estranho conceito socialista que tem garantido a credibilidade do país perante parceiros nacionais e internacionais e nos dá confiança para enfrentar desafios futuros”, esclareceu a parlamentar com alguma ironia.
No entanto, “o investimento nos serviços públicos é um caminho que nunca está concluído e que importa prosseguir, porque as necessidades mudam”, alertou a deputada do PS, esclarecendo que, “por isso, o Governo assumiu como prioridade a valorização e dignificação da Administração Pública, garantindo um caminho de aumento de rendimentos dos seus trabalhadores”.
De acordo com Fátima Fonseca, tudo isto é feito a par com um “diálogo responsável que assegure a sustentabilidade futura das soluções encontradas e garantindo que os passos tomados neste período não sejam alvo de retrocesso, algo que no passado já sucedeu e sabemos quem o fez – o maior partido da oposição quando esteve no Governo”.
E deu alguns exemplos executados pelo Partido Socialista: “A reposição de cortes salariais e das 35 horas, o descongelamento das carreiras, a revisão da política de admissões e a reposição do princípio da atualização anual dos salários”.
Destacando o reforço do atendimento presencial, a socialista mencionou também que os governos do PS “têm sempre tido a visão de investir nos serviços digitais, em alinhamento com os desafios da Europa e dos países mais avançados na governação eletrónica – dos quais, aliás, Portugal faz parte”.
“E porque o futuro passa pelo contínuo reforço da oferta de serviços digitais, acompanhando a transformação dos nossos hábitos de vida, o PRR prevê o desenvolvimento de um novo Portal Digital Único e a digitalização integral dos serviços mais utilizados”, indicou.
PS tem qualificado e valorizado trabalhadores da Administração Pública
Fátima Fonseca sustentou que o PPR, juntamente com outros instrumentos de financiamento europeu, “permite continuar a fortalecer o Estado Social, com enfoque prioritário no Serviço Nacional de Saúde, na justiça e na segurança social, por exemplo, com a criação de mais unidades de saúde e mais de 10 mil lugares nas creches”.
“Ora, para tudo isto ser possível, os governos do PS desenvolveram políticas de qualificação e valorização dos trabalhadores da Administração Pública”, reforçou.
Não negando que existem problemas, a deputada do PS frisou que os socialistas não cedem à “teoria do caos”, porque sabem que “essa é a porta de entrada muito conveniente para o desmantelamento dos serviços públicos que a direita, na verdade, defende”.