Governo vai investir mais 90M€ na Saúde
“O investimento no setor da saúde constitui um objetivo claro do XXI Governo Constitucional, que assumiu como prioridade dotar o Serviço Nacional de Saúde de infraestruturas e equipamentos indispensáveis à prossecução da sua missão de prestação de cuidados de saúde de qualidade a toda a população”, pode ler-se no comunicado divulgado ontem pelo Conselho de Ministros.
A mesma nota revela que foi aprovado o “Programa de Investimentos na Área da Saúde (PIAS), que determina e calendariza a despesa para a realização de investimentos num montante superior a 90 milhões de euros”.
Para a ministra da Saúde, “o caminho para a cobertura universal em saúde implica prioridade política e prioridade de investimentos, que se traduziu no forte investimento no Serviço Nacional de Saúde, através do reforço orçamental em 1.400 milhões de euros e no aumento da força de trabalho aumentada em nove mil profissionais”.
Neste contexto, o programa de investimentos ontem aprovado pelo Governo “vem acrescer à reprogramação do Portugal 2020, que permitiu alocar 70 milhões de euros à saúde, e vem também acrescer à remodelação das 79 unidades de saúde e dos 22 serviços de urgência já concretizados ou a decorrer”, disse a ministra, falando no Parlamento.
O programa, segundo a governante, “permitirá dar autorização a aspirações como a remodelação do serviço de urgência do Centro Hospitalar de Tondela-Viseu ou a aquisição de dois novos aceleradores lineares, um para o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e outo para o Centro Hospitalar do Barreiro-Montijo”.
Marta Temido assumiu que “garantir a cobertura universal coloca grandes desafios, mesmo aos sistemas de saúde de alta renda, nos quais as expectativas sociais de cidadãos mais informados e exigentes reclamam, e bem, novas e melhores respostas”, disse a ministra.
Estas necessidades e exigências crescentes significam, no domínio da Saúde, a título de exemplo, “o alargamento do recurso à telemedicina, à saúde digital, ou à hospitalização domiciliária”, referiu a governante.
A ministra considera a hospitalização domiciliária uma opção válida, visto que “os nossos hospitais públicos internam por ano cerca de 800 mil doentes, dos quais um número significativo pode beneficiar de hospitalização domiciliária”.
“Por isso, assumimos o compromisso da sua disponibilização em 25 hospitais, dos quais oito estão já em funcionamento”, avançou Marta Temido.