Governo vai estudar efeitos da pandemia nas desigualdades de género e violência doméstica
“Para melhor atuarmos e tomarmos as medidas que minimizem os impactos da crise precisamos de conhecer a sua natureza e as suas implicações, neste caso, sobre as desigualdades de género, e por isso será amanhã [quinta-feira] lançado pela FCT e pela CIG um apoio de 500 mil euros dirigidos a projetos de investigação que analisem as consequências da pandemia nas desigualdades de género e na violência contra as mulheres”, revelou a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no Parlamento.
Ouvida pela comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Mariana Vieira da Silva sublinhou, na explicação dos pressupostos do projeto de investigação, que “as mulheres são dos grupos mais vulneráveis”, nomeadamente no que respeita a situações de baixos salários e vínculos precários, sendo, “por isso, mais vulneráveis à crise que vivemos e que vamos viver”.
Recorde-se que, já esta semana, as parlamentares do Partido Socialista Elza Pais, Edite Estrela, Catarina Marcelino, Isabel Rodrigues, Alexandra Tavares de Moura e Cristina Moreira, tinham dirigido um conjunto de questões ao Governo sobre o impacto da pandemia de Covid-19 na vida das mulheres, citando diversos estudos e indicadores, nacionais e internacionais, em matéria de quebra de rendimentos, aumento de trabalho não remunerado e factores acrescidos de desigualdade de género, sublinhando a necessidade de continuar a aprofundar uma abordagem integrada das questões de risco e medidas de resposta.
Os impactos da pandemia do novo coronavírus em matéria de desigualdade de género, e também sobre a dimensão da violência doméstica, têm sido, igualmente, uma preocupação central por parte da estrutura das Mulheres Socialistas, liderada pela deputada Elza Pais, dedicando a este tema um conjunto de iniciativas de reflexão, debate e propostas de ação.