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Governo transforma estações da CP devolutas na região de Lisboa em residências universitárias

Governo transforma estações da CP devolutas na região de Lisboa em residências universitárias

O Governo vai utilizar as áreas desativadas de cinco estações da CP na área metropolitana de Lisboa e transformá-las em residências universitárias, encontrando assim uma outra solução para a criação de mais 1.200 camas. O anúncio foi ontem feito pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, numa cerimónia que decorreu na estação de Santa Apolónia.

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Governo transforma estações da CP devolutas na região de Lisboa em residências universitárias

O ministro Pedro Nuno Santos, que estava acompanhado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, depois de ter acentuado que uma das funções primordiais do Estado é garantir que todos os jovens que queiram e tenham a capacidade para frequentar o ensino universitário o possam fazer mesmo “não tendo a disponibilidade financeira para tal”, reafirmou que esta resposta do Governo ao vai precisamente no sentido de cumprir com esta obrigação.

Para já e numa primeira fase na área metropolitana de Lisboa, o Governo vai avançar com obras em cinco estações da CP que estão desocupadas ou muito pouco utilizadas, transformando-as em residências universitárias. O que permitirá criar de raiz cerca de 1.200 camas nas estações de Santa Apolónia, em Lisboa, do Pragal, em Almada, de Carcavelos, de Cascais e do Monte Abraão e Portela, em Sintra.

Este passo só foi possível ter sido dado, como lembrou Pedro Nuno Santos, graças à vontade e à estreita colaboração empreendida pelas Infraestruturas de Portugal, empresa que gere os caminhos de ferro e as rodovias, o ISCTE e a Universidade Nova de Lisboa, entidades que foram capazes de se entenderem e de assumirem a responsabilidade de avançar com a construção das residências.

Como salientou o responsável pelas Infraestruturas e Habitação, um dos principais obstáculos que o país hoje enfrenta passa, em grande medida, pelo problema de acesso à habitação, questão que se estende igualmente, como também referiu, a todos os jovens que pretendem continuar os seus estudos nas universidades, que normalmente estão situadas longe dos seus habituais locais de residência familiar. Uma circunstância que obriga o Estado, como sustentou Pedro Nuno Santos, a ter de encontrar tão rápido quanto possível as necessárias respostas e soluções que podem e devem passar, designadamente, pelo recurso ao “património que ainda temos nas nossas empresas públicas”, usando-o e transformando-o, se necessário, “para habitação a custos acessíveis”.

Ambição para a legislatura

Também o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, presente nesta cerimónia, se referiu ao empenho e ao trabalho muito positivo desenvolvido por estas três entidades, Governo, ISCTE e Universidade Nova, para num relativo curto espaço de tempo terem encontrado as soluções capazes de melhorar as condições de acesso à habitação para os estudantes do Ensino Superior. Lembrando Manuel Heitor que esta é uma iniciativa que se insere num quadro mais “alargado de projetos que integram o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior”, cujo objetivo, como salientou é “disponibilizar mais 12 mil novas camas para a população estudantil até ao final desta legislatura”.

Para este ambicioso projeto, lançado pelo Governo, de criação de mais espaço habitacionais e de mais camas para estudantes universitários, referiu ainda o ministro, estão destinados para investimento cerca de 30 milhões de euros, sendo que o grande objetivo deste projeto agora apresentado “é reduzir os custos com o alojamento para os estudantes que entrem nas universidades” da área metropolitana da capital.