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Governo tem um OE2013 “que não é executável”

Governo tem um OE2013 “que não é executável”

O PS acusou o Governo de ter conduzido o país aos piores resultados económicos e financeiros desde 1975 e advertiu que se encontra já comprometida a execução do Orçamento do Estado para 2013.

Após a divulgação pelo INE da segunda estimativa para o PIB no quarto trimestre de 2012, Eurico Brilhante Dias considerou que se confirmam “os maus resultados. O Governo conduziu o país ao pior resultado da economia portuguesa desde 1975”.

O secretário nacional do PS concluiu que a primeira consequência atinge a base do Orçamento do Estado para 2013, “quer pelo efeito das expetativas de evolução da economia, quer pela base que transita de 2012”.

“O Orçamento do Estado para 2013 está em causa, o Orçamento terá seguramente o seu anunciado retificativo. Chegamos a meados de março e o Governo não só falhou objetivamente na política económica que se traduz no empobrecimento e desemprego, como, simultaneamente, o Governo tem um Orçamento para 2013 que não é executável”, sustentou.

Segundo Eurico Brilhante Dias, o mau resultado da economia portuguesa traduziu-se na vida das pessoas em “aspetos muito concretos”, como “um menor rendimento das famílias, maior desemprego, decréscimo do consumo privado em 6,8 por cento e um contributo cada vez menor da procura externa líquida”.

“As exportações, em termos ao período homólogo de 2011, tiveram um comportamento de menos 0,5 por cento. O empobrecimento e o desemprego são as expressões mais claras e mais duras na vida dos portugueses”, acrescentou.

O dirigente nacional também comentou a hipótese de a troika conceder mais um ano a Portugal para cumprir as metas do Programa da Assistência Económica e Financeira.

“O PS defende a necessidade de mais um ano há bastante tempo. Mas o PS verifica que há seis meses Portugal teve mais um ano e que passados seis meses há a expetativa de voltar ter mais um ano”, observou.

Deste modo, acrescentou, Portugal “teve sempre mais um ano não para mudar de política e de caminho, mas para insistir no mesmo caminho”.

“Tivemos mais um ano há seis meses quando se verificou que o Orçamento para 2012 tinha um buraco orçamental e agora, eventualmente, quando se confirma que a base do Orçamento para 2013 era completamente irrealista. Perante esta circunstância, se houver mais um ano para manter a mesma política será mais tempo para mais desemprego e maior empobrecimento. Chegou a altura de mudar de caminho”, defendeu.

Eurico Brilhante Dias apontou, ainda, que “os valores que estamos hoje confrontados superam os 18 mil milhões de euros. A redução do PIB entre 2012 e 2014 deveria cifrar-se em menos 2,8 por cento, mas com a revisão em baixa feita pelo Governo há duas semanas o PIB vai decrescer quase sete por cento”.