Governo tem trazido estabilidade, mas é preciso mais consensos
O líder parlamentar do PS defendeu que “o melhor Governo é o Governo do Partido Socialista”. E acrescentou: “Se o Partido Socialista obtiver maioria absoluta [nas legislativas de 2019], esse é que é o sucesso do PS, mas não o tendo, deve procurar uma solução que repita, em termos de estabilidade e progressos, aquilo que tem acontecido ao longo desta legislatura”.
Segundo o também presidente do PS “é muito importante o diálogo que o Partido Socialista tem com o Bloco de Esquerda e com o Partido Comunista”, no entanto frisou que o PS “não ignora” que o país “precisa de outros consensos e de consensos mais vastos”. “Não há pacto nacional só quando falamos de PS e PSD, mas também não há acordo no país nem plataforma suficiente quando falamos apenas do PS e dos partidos à sua esquerda”, disse.
Para Carlos César, devem ser procuradas as “zonas de consenso” que permitem “que a política portuguesa tenha mais estabilidade” e que, setor a setor, as políticas tenham mais previsibilidade, dando como exemplo as áreas da saúde e ambiental.
Percurso de melhoria de vida das pessoas é para continuar
O presidente da bancada socialista sublinhou que não existe qualquer “vestígio de instabilidade na vida política portuguesa que faça perigar a continuidade deste Governo”. Quanto aos momentos de tensão durante a discussão do Orçamento do Estado para 2018, Carlos César lembrou que são “naturais” e que decorrem das “grandes diferenças” entre PS, PCP, BE e PEV. “O que é fundamental entender é que nesta fase da vida política, social e económica, há áreas de confluência entre esses partidos que eles aproveitam para viabilizar neste projeto governativo”, sublinhou, defendendo que a aprovação do OE para 2018 é um “fortíssimo sinal” de estabilidade.
O líder parlamentar do Partido Socialista revelou que na segunda fase da legislatura o partido vai continuar “o percurso de melhoria dos rendimentos das pessoas” e também o “percurso de consolidação do crescimento económico”, que exigirá “a atenção às empresas”. “Não há outra combinação possível que não seja mais iniciativa, mais investimento ao lado de mais emprego e rendimento e, simultaneamente, boas contas públicas”, alertou, acrescentando que o projeto governativo tem tido “acolhimento europeu” e “sucesso” do ponto de vista económico e social.