Governo tem sabido apoiar portugueses na Venezuela
O deputado do PS Paulo Pisco congratulou hoje, no Parlamento, o Governo português por tomar todas as diligências e dar todo o apoio possível aos portugueses e lusodescendentes residentes na Venezuela, e apelou à solidariedade por parte das empresas e da sociedade.
“A situação que a comunidade portuguesa vive na Venezuela é muito preocupante pela desordem económica, social e política em que o país está mergulhado”, recordou o socialista eleito pelo círculo da Europa, que afirmou que muitos já regressaram a Portugal, principalmente para a Região Autónoma da Madeira e para os distritos de Aveiro, Porto e Lisboa.
Segundo Paulo Pisco, trata-se de “uma situação tão difícil e complexa” que “exige do Governo medidas igualmente de exceção, com um acompanhamento permanente e uma atitude determinada, humanista e solidária”. “Daí que seja da maior importância que os partidos também saibam estar unidos e que o Governo da República e o da Madeira mantenham a sua colaboração exemplar”, defendeu.
O parlamentar sublinhou, durante as declarações políticas no Parlamento, o “excelente trabalho de proximidade” do Executivo para responder às necessidades da comunidade portuguesa na Venezuela, “verdadeira marca da importância que os portugueses no estrangeiro têm para este Governo”.
E recordou que “são já seis as deslocações à Venezuela de vários membros do Governo, cinco das quais do secretário de Estado das Comunidades”. Na última dessas visitas resultaram duas medidas de apoio ao regresso ao país: uma plataforma com perto de 20 mil oportunidades de emprego e uma linha de crédito de 50 milhões de euros para financiar projetos de investimento até um montante de 75 mil euros.
“O Governo tem sabido defender e apoiar os portugueses na Venezuela e tem sabido acolhê-los em Portugal e este é o princípio geral da sua atuação. Tem tido a necessária inteligência diplomática para manter canais de diálogo abertos com as autoridades venezuelanas e tem sabido ser firme quando é necessário, como aconteceu a propósito dos doze portugueses e lusodescendentes arbitrariamente detidos por uma alegada infração das leis económicas”, apontou.
Medidas na saúde, educação, habitação e emprego
Paulo Pisco destacou ainda o “importantíssimo acordo conseguido com o Governo venezuelano para instalar uma rede de cuidados médicos em cinco cidades, em parceria com a associação de médicos luso-venezuelanos, que utilizam medicamentos enviados de Portugal, fundamentais para salvar vidas”.
O Executivo tem feito “todas as diligências para que os portugueses e lusodescendentes que queiram regressar o possam fazer sem dificuldades de integração, com medidas nas áreas da saúde, educação, habitação, emprego e formação profissional”, acrescentou o socialista, considerando “evidente a colaboração virtuosa com o Governo Regional da Madeira”.
Para completar a ação do Governo, Paulo Pisco apelou às empresas para serem solidárias, já que “que podem disponibilizar oportunidades de emprego”, e às ordens profissionais para gerir “as equivalências dos títulos académicos e profissionais com abertura e flexibilidade”.