Governo tem de apresentar a sua “linha vermelha” nas negociações dos fundos europeus
O PS defendeu que o Governo deve fazer da discussão dos fundos europeus para a agricultura e coesão uma “questão nacional” e fazê-la nas mais altas instâncias, definindo qual a sua “linha vermelha” em termos orçamentais.
Numa declaração política na Assembleia da República, o deputado Miguel Freitas deixou elogios ao relatório feito pelo eurodeputado do PS Capoulas Santos sobre a Política Agrícola Comum e considerou que “nunca como agora existem condições para se obter um bom resultado em Conselho Europeu”.
“Este Governo tem todas as condições para conseguir o reforço da posição orçamental de Portugal, tem o apoio das propostas da Comissão e certamente do seu presidente, Durão Barroso, e o apoio das propostas do Parlamento Europeu”, declarou.
O deputado do PS apontou como propostas essenciais na PAC a “convergência na repartição das ajudas entre os que mais recebem e os que menos recebem”, o “plafonamento das ajudas” e a desburocratização dos processos.
Miguel Freitas considerou, ainda, que “baixar as expetativas a nível nacional não é uma boa estratégia” e que é preciso que o Governo aponte qual é a “linha vermelha” em termos orçamentais, sabendo que há “propostas de cortes dramáticos na PAC e no Fundo de Coesão, as duas políticas mais importantes para Portugal”.