Governo socialista promove pacto entre Estado e empresas na área da diplomacia económica
José Sócrates defendeu, na conferência dos 20 anos do Diário Económico, a celebração de um pacto entre Estado e empresas para internacionalizar a economia, tendo a meta de chegar aos 40 por cento do Produto Interno Bruto em exportações. A medida irá constar no programa eleitoral do PS e fará parte do capítulo relacionado com a diplomacia económica.
O primeiro-ministro defendeu que deverá “haver um pacto entre o Estado e o sector empresarial com a definição de metas ao nível da diplomacia económica: temos que estabelecer em conjunto quais os objectivos e quais os países alvo. Ninguém está obrigado e todas as empresas poderão fazer o que quiserem, mas é muito importante que, entre Estado e empresas, haja uma definição sobre qual o conjunto de países em que deveremos actuar em conjunto”.
Para José Sócrates, a cooperação entre Estado e empresas “é vital para se sobreviver em alguns mercados”, sendo pelo contrário “um engano dizer-se que a relação entre Estado e empresas deverá ser a mais distante possível. Temos de melhorar os nossos instrumentos para promover a internacionalização, temos de melhorar os instrumentos de apoio às empresas e temos de melhorar muito a nossa diplomacia económica”.
O líder do executivo adiantou que, neste momento, Portugal “exporta cerca de 32 por cento do seu Produto Interno Bruto, mas tem de melhorar, chegando aos 40 por cento no espaço de alguns anos. Temos de ter essa ambição, porque 40 por cento do PIB em exportações transforma uma economia numa economia saudável. Se chegarmos aí, teremos consciência que Portugal está bem inserido na economia global”.
José Sócrates concluiu que “é preciso uma incidência absolutamente clara sobre a matéria da internacionalização da económica portuguesa, porque é preciso exportar mais, tendo em vista combater o endividamento, aumentar o crescimento e permitir que as pequenas e médias empresas nacionais se insiram na economia global”.