Governo saúda confiança de empresas que investem e criam emprego
Manuel Caldeira Cabral falava, em Coruche, durante a inauguração da fábrica da Iki Mobile, que vai começar a produzir telemóveis com componentes de cortiça, atualmente de fabricação chinesa.
Na ocasião, o ministro afirmou que o Governo socialista liderado por António Costa tem procurado simplificar a vida das empresas, nomeadamente facilitando os processos de licenciamento para que os investimentos se façam mais rapidamente, contribuindo para a redução dos números do desemprego e dando “mais futuro e mais esperança aos jovens”.
De seguida, saudou as empresas que estão a escolher Portugal para produzir e destacou a aposta na inovação apresentada pela fábrica instalada em Coruche, adiantando que a mesma representa um investimento de 2,6 milhões de euros e a criação de 36 novos empregos.
Referiu depois que a unidade de Coruche abrirá com uma produção a rondar os 35 mil dispositivos por mês, para uma capacidade instalada de 100 mil, prevendo que, no próximo trimestre, o número de trabalhadores possa chegar à centena.
“O que está a acontecer aqui está a acontecer em todo o país”, apontou Caldeira Cabral, sublinhando que “as empresas estão com mais confiança, a investir, a crescer e a criar empregos”.
O que conseguimos em dezembro do ano passado – uma taxa de desemprego abaixo dos 8% e que continua a descer –, é prova do trabalho de todas estas empresas que ganharam confiança e estão hoje a investir e das que em 2017 fizeram as exportações portuguesas atingir um recorde e crescer 11,5%”, declarou.
Escolher Portugal para produzir
Sobre a Iki Mobile, Manuel Caldeira Cabral considerou “muito interessante” a incorporação da cortiça nos telemóveis, realçando as suas propriedades térmicas, mas também “antistressantes”, bem como a possibilidade de personalização dos telemóveis, fatores de diferenciação que evidenciou.
Segundo o titular da pasta da Economia, o facto de a Iki Mobile passar a produzir no país “é um bom sinal que está a acontecer com muitas empresas que estão outra vez a voltar a ter produção na Europa e que estão a escolher Portugal” para produzir.
Depois, o ministro frisou que esta empresa, “que sempre foi portuguesa”, começou pela comercialização e pelo ‘design’, iniciando a produção após confirmação do sucesso comercial pelas “opções que tomou”.
A escolha de Coruche, concelho “muito ligado à cortiça”, para produzir “para o mundo” com um material “tão português”, deve, para Manuel Caldeira Cabral, ser motivo de “orgulho”.