Confiança no Governo para aplicar as medidas adequadas
Rocha Andrade ressalvou que “o processo da reforma da floresta, cuja discussão pública foi iniciada por este Governo no ano passado, não podia naturalmente ter qualquer efeito este ano na redução de fatores de risco”, alertando que é preciso “esperar ainda alguns anos até que os seus efeitos se façam sentir”.
“Se temos que aceitar que existirão dias em que a natureza nos confronta com estas situações extremas, não temos naturalmente que aceitar que as consequências em perdas de bens e em perdas de vidas sejam inevitáveis”, sublinhou, revelando que é nesse sentido que interpreta as palavras do primeiro-ministro, António Costa, quando afirmou que “nada ficará como dantes”.
Segundo Fernando Rocha Andrade, o Executivo está confrontado com uma dupla urgência: “Por um lado, a de acorrer aos danos e de apoiar as vítimas; por outro lado, o de tomar as medidas necessárias ao nível da Proteção Civil e da prevenção e de combate a incêndios florestais para que numa próxima situação de risco extremo se possam evitar estas consequências trágicas”.
O deputado do PS manifestou a disponibilidade do GPPS “para trabalhar as medidas que sejam trazidas a esta Assembleia, procurando o mais alargado consenso que assegure para o futuro a estabilidade das políticas públicas que venham a ser decididas”.
OE para 2018 traz redução da dívida
“Quero aqui afirmar que se as medidas que o Governo vier a propor a partir do próximo sábado tiverem que ter tradução orçamental já na execução orçamental em 2018, o Grupo Parlamentar do PS está também disponível para incorporar as consequências financeiras dessas opções já na fase da discussão na especialidade deste Orçamento do Estado”, garantiu.
Fernando Rocha Andrade referiu-se ainda à proposta do Orçamento do Estado para 2018, saudando “a continuidade das políticas e, nomeadamente, a continuidade do objetivo fundamental de redução de dívida pública”.
“Em dois anos, no ano corrente e no próximo ano, o Governo terá reduzido em quase sete pontos percentuais o peso da dívida pública no PIB”, congratulou-se.