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Governo reitera aposta na economia social enquanto fator decisivo de progresso

Governo reitera aposta na economia social enquanto fator decisivo de progresso

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, assumiu o compromisso do governo português em promover a economia social, a nível nacional e europeu, felicitando a “iniciativa inovadora” da Rede de Cidades Portuguesas Capital Europeia da Economia Social 2021.
Governo reitera aposta na economia social enquanto fator decisivo de progresso

Intervindo na sessão de abertura da conferência virtual ‘O papel da Economia Social na criação de emprego e na implementação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais’, que teve lugar esta segunda-feira, a partir do Palácio de Queluz, em Sintra, a ministra começou por sublinhar como este é “um ano de tantos desafios”, no qual Portugal assume não só a presidência semestral do Conselho da União Europeia, como também a presidência do Comité de Monitorização da Declaração do Luxemburgo, composto por 18 países da UE comprometidos com a economia social.

Neste âmbito, cabe a Portugal nomear a Capital Europeia da Economia Social para 2021, estatuto que, pela primeira vez, é partilhado por cinco cidades – Braga, Cascais, Coimbra, Sintra e Torres Vedras – selecionadas pela Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES).

Ana Mendes Godinho felicitou esta “iniciativa inovadora” que mostra, “por um lado, a centralidade das dinâmicas locais na procura de respostas e de soluções concretas em cada dia para os problemas quotidianos das populações, como por outro lado mostra a economia social como um setor que tem contribuído massivamente para um desenvolvimento inclusivo e sustentável”.

“Afirmamos claramente o nosso compromisso nacional e europeu de promover a economia social enquanto fator de progresso decisivo em termos económicos e sociais para todos”, frisou a ministra, defendendo que esta dimensão é, “claramente, um agente ativo da inclusão no mundo de trabalho, na inclusão na sociedade e no combate às desigualdades”, o que “ficou ainda mais claro” durante a pandemia.

“A pandemia mostrou desde logo a grande capacidade de a economia social também ser um motor de criação de emprego num momento de crise”, disse, evocando o programa Mareess – Medidas de apoio de reforço de emergência de equipamentos sociais e de Saúde, no qual “foram contratadas 17.500 pessoas em poucos meses, com uma procura imensa”, tendo sido, por isso, necessário prorrogar este programa até ao final do ano de 2021.

A pandemia mostrou também a “necessidade” de valorizar quem trabalha na economia social e de qualificar esses trabalhadores, defendeu a ministra, apontando que será lançado, neste âmbito, o programa ‘Valorizar Social’.

Ana Mendes Godinho aproveitou ainda para anunciar a criação de “uma rede de espaços de inovação social e de ‘co-working’ utilizando a rede de espaços do Inatel em todo o país”, colocando-os “ao serviço da economia social e da inovação social”.

A governante lembrou, também, que “a economia social integra o plano de ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais”, constituindo “um dos instrumentos-chave” para a implementação deste plano, que será debatido na Cimeira Social do Porto, nos dias 7 e 8 de maio, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da UE.

Para Ana Mendes Godinho, o aprofundamento do modelo social da Europa “surge, neste momento, como a mais contemporânea e necessária das necessidades”, pelo que a Europa Social será “a garantia de que ninguém, de Lisboa a Bucareste, de Helsínquia a Atenas, pode ser deixado para trás no momento que vivemos”.

“Os tempos são de mobilização, são tempos de solidariedade e são tempos de ação e esta é a marca indelével da economia social: responder no terreno, a quem precisa, onde precisa e promover uma sociedade mais justa para todos”, concluiu a governante.