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Governo Regional está a enganar os açorianos com o endividamento da Região

Governo Regional está a enganar os açorianos com o endividamento da Região

O presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, alertou, esta quinta-feira, para o facto de o Governo Regional estar a enganar, com a questão do endividamento, “não apenas os açorianos, mas, também, os parceiros da coligação”.

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Vasco Cordeiro, PS/Açores

Para o líder socialista, que falava no âmbito da audição do Governo aos partidos, sobre as antepropostas de Plano e Orçamento da Região para 2024, o Governo Regional “finge fazer uma coisa”, mas o que os números demonstram “é que isso não está a acontecer”.

“Em 2021, o défice foi de 383 milhões de euros e em 2022, subiu para 413 milhões de euros e o Boletim de Execução Orçamental de julho deste ano, diz que já vamos perto de 130 milhões. Na nossa leitura, existem fortíssimas suspeitas que o Governo Regional foi além daquilo que estava autorizado pela Assembleia, em termos de endividamento o ano passado”, alertou Vasco Cordeiro.

“Estamos a falar de 57 milhões de euros a mais de endividamento, para além daquilo que estava autorizado”, apontou o presidente do PS/Açores, que é também líder parlamentar socialista, para salientar que já este ano, “a transferência de 20 milhões de euros, da Secretaria das Finanças para a Secretaria da Saúde, se fez com o aumento do endividamento”.

Reforçando que a viabilização do Orçamento teve a ver com negociações que incidiram diretamente sobre o endividamento, Vasco Cordeiro manifestou que o que os números demostram é que “o ano passado esse limite foi violado, e este ano também”, situação que “descredibiliza aquilo que é a gestão das finanças públicas”.

Vasco Cordeiro manifestou ainda a sua preocupação face ao aproveitamento de fundos comunitários, salientando que em 2024 “estaremos já a caminhar para a segunda metade do período deste quadro de programação financeira” e estes recursos são uma oportunidade “para apoiar as famílias e empresas açorianas”.

“O PO2030 não arranca, no PO2020, os Açores que eram conhecidos por uma taxa de execução elevadíssima, estão a cair para os últimos lugares e no Plano de Recuperação e Resiliência é o que se sabe”, referiu o presidente socialista, para sublinhar que “ter um Governo Regional que não tem a capacidade de aproveitar estes fundos é algo de dramático e que fará com que os açorianos comecem a pagar um preço bastante elevado”.

Nesse sentido, e para o presidente do PS/Açores, as soluções que têm vindo a ser implementadas pelo Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM, com o apoio do CH e da IL, “não têm sido as mais corretas”, descredibilizando acontecimentos como o da assinatura do Acordo de Parceria Estratégica – Rendimento, Sustentabilidade e Crescimento, “que se baseia em factos, cujos números demonstram que não é bem assim e que as soluções que estão a ser aplicadas fragilizam”.

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