“Este ainda não é o novo Natal normal das nossas vidas”, advertiu António Costa, no final do Conselho de Ministros, explicando que, “perante os riscos de agravamento da situação, e enquanto não concluímos o reforço da vacinação, adotamos estas medidas, que têm caráter obrigatório, até 10 de janeiro”.
Assim, as medidas previstas para semana de contenção, entre 2 a 9 de janeiro, de obrigatoriedade de teletrabalho, encerramento de creches e ATL, bem como de discotecas e bares, entrarão já em vigor a partir das 00h00 do dia 25 de dezembro, sendo acompanhadas, como salientou o líder do executivo, dos correspondentes apoios garantidos a famílias e empresas.
Será também obrigatório, a partir desta data, a apresentação de teste negativo para ter acesso a estabelecimentos turísticos e alojamento local, eventos empresariais, casamentos e batizados, espetáculos culturais e recintos desportivos, independentemente da sua taxa de ocupação, salvo decisão da DGS. Os estabelecimentos comerciais terão também um limite aplicado à sua lotação, para uma pessoa por 5m2.
Para os dias específicos do Natal (24 e 25 dezembro) e do Ano Novo (30 e 31 dezembro e 1 janeiro), será obrigatório a apresentação de teste negativo para acesso a restaurantes, casinos e festas de passagem de ano, aplicando-se a proibição de ajuntamentos na via pública de mais de 10 pessoas na passagem de ano, e de consumo de bebidas alcoólicas na via pública.
Testar é fundamental
O primeiro-ministro reforçou, também, o apelo às famílias para que redobrem, nesta época de convívio, todas as regras de precaução, com a recomendação de testagem antes das reuniões familiares, evitando alargar a celebração a muitas pessoas de fora do agregado familiar, arejando os espaços e mantendo, sempre que possível, o uso de máscara.
António Costa deixou, ainda, uma “palavra de confiança” às famílias e às empresas e atividades mais afetadas: “Temos consciência do impacto que estas medidas têm nas vossas vidas, mas, se não as adotarmos hoje, as consequências nas vidas de todos serão muito maiores após o Natal e a passagem do ano”.
Na mensagem dirigida ao país, António Costa lembrou que a estratégia de prevenção e combate à pandemia tem produzido resultados efetivos, sobretudo graças à testagem maciça e ao aumento da proteção das vacinas.
O balanço, “passado quase um mês, é que conseguimos vacinar 83,5% da população com mais de 65 anos com a dose de reforço” e “iniciámos, no fim-de-semana passado, a vacinação de crianças, estando 96 mil crianças vacinadas”, referiu o primeiro-ministro, acentuando que este é um esforço que deve ser prosseguido.
“A vacinação vale a pena, é a ferramenta mais efetiva para evitar a transmissão e para garantir a menor severidade da infeção”, concluiu.