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Governo reforça importância de manter cumprimento de todas as medidas de prevenção

Governo reforça importância de manter cumprimento de todas as medidas de prevenção

Governo reforça importância de manter cumprimento de todas as medidas de prevenção

A ministra da Saúde, Marta Temido, reforçou hoje o apelo ao cumprimento das medidas de prevenção contra a Covid-19, mesmo num contexto de redução do número de casos de infeção, sublinhando que o aumento da mobilidade e a diminuição do teletrabalho representam fatores de risco que aconselham prudência.

Após a reunião sobre a evolução da situação epidemiológica em Portugal, que decorreu no Infarmed, em Lisboa, Marta Temido lembrou que, não obstante o processo de desconfinamento ter começado há menos de 15 dias e estar ainda na primeira fase, está a ser observada uma menor utilização do regime de teletrabalho, recomendando que, sempre que possível, este seja mantido, a par de um aumento da mobilidade.

Indicadores que reforçam, mais ainda, a importância de não baixar a guarda e manter o cumprimento das medidas de segurnaça, restringindo os contactos sociais “ao mínimo indispensável”, numa altura em que o país procura dar passos seguros no plano de desconfinamento.

“O vírus continua a estar presente no espaço europeu”, afirmou, frisando que, por isso, não podem ser aliviadas as medidas de prevenção.

Confiança nas vacinas

Sobre a interrupção na administração da vacina da farmacêutica AstraZeneca, a ministra sublinhou que se tratou de “uma pausa” e não de “uma suspensão”, reiterando a confiança nas vacinas.

“Qualquer vacina, ou qualquer medicamento, passa por uma avaliação da agência europeia do medicamento [EMA] que tem décadas de trabalho confiável e transparente”, afirmou a governante, lembrando que o que Portugal fez foi seguir as recomendações da EMA e que “a melhor forma de ganhar credibilidade é comunicar com transparência”

“As vacinas são seguras. Têm, como qualquer medicamento, um contexto de indicações e restrições e os países têm de as seguir”, afirmou Marta Temido, acrescentando que o plano é agora recuperar os dias de atraso na administração.

Quanto à situação epidemiológica, a ministra disse que se mantém estável, com tendência decrescente no número novos casos, nos internamentos e na letalidade e sublinhou que “não há inquéritos epidemiológicos em atraso”.

Chamou, contudo, a atenção para o contexto europeu, com vários países com uma incidência elevada e riscos efetivos de transmissão elevados, o que considerou “adverso e preocupante”.

“Tendo em conta o contexto europeu, relativamente ao qual Portugal está em contraciclo, com o risco efetivo [de transmissibilidade] a aumentar, ainda que a níveis abaixo de 1 e num contexto de prevalência da variante inglesa de 70%, deveremos manter atenção elevada e especial precaução relativamente à forma como abordamos as próximas semanas”, concluiu.