Governo reforça comissões de proteção de crianças e jovens
“Cada hora de trabalho que investimos em prol destas crianças que se encontram em situações sociais frágeis, que se encontram nas franjas vulneráveis da nossa sociedade, é um trabalho que fazemos em prol do futuro de todos nós, porque estas crianças serão os adultos de amanhã”, salientou Ana Sofia Antunes, durante a cerimónia de assinatura de acordos de cooperação com várias entidades para reforço das comissões de proteção de crianças e jovens.
A governante homologou, na Escola Azevedo Neves, na Amadora, protocolos entre a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens e 11 municípios e uma instituição de solidariedade, para o reforço de técnicos das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). Mais tarde, no Porto, foram assinados mais 14 acordos idênticos com municípios das regiões Norte e Centro.
“Considerando o país na sua globalidade, estaremos com esta iniciativa a contratar 80 novos técnicos para trabalhar nas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, abrangendo um total de 42 comissões de proteção, respeitantes a 38 municípios”, referiu a secretária de Estado.
Este investimento, estimado num valor global de cerca de 1,2 milhões de euros, permitirá a redução do número de processos afetos a cada técnico, tendo a governante apontado ainda como prioridades do Executivo a instalação das comissões regionais e o reforço das comissões restritas.
Por seu lado, o presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens, organismo que tutela as CPCJ, assinalou que “a prevenção é fundamental” e que o reforço de técnicos é “um ato de grande responsabilidade e também de grande esperança”.
De acordo com Armando Leandro, o país não terá “presente e futuro de qualidade se não concretizar os direitos das crianças”, reiterando a importância do apoio das autarquias no investimento ”no bem-estar das crianças e também no bem-estar das comissões”.
A presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares, anfitriã da cerimónia, destacou que a proteção das crianças “não é um dever só dos políticos e das organizações do Estado”, mas que “é um dever de todos, de todas as instituições que recebem dinheiros públicos para desenvolver as suas atividades”.
“Todo o trabalho que se faça, quer ao nível da violência doméstica, quer ao nível dos maus tratos das crianças, nós ganhamos muito mais, e o país com certeza poupará no futuro, no curto prazo e no médio prazo, muitos recursos se todos conseguirmos apostar na prevenção”, vincou a autarca socialista.
Nesta cerimónia, foram assinados acordos de cooperação para o reforço das CPCJ com os municípios de Amadora, Almada, Faro, Loulé, Loures, Montijo, Odivelas, Oeiras, Portimão, Sintra e Vila Franca de Xira, e ainda com um centro paroquial da Moita.