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Governo quer criar 25 mil postos de trabalho qualificado

Governo quer criar 25 mil postos de trabalho qualificado

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior assumiu ontem, no âmbito da estratégia nacional de inovação e conhecimento para a próxima década, o objetivo de criação de 25 mil postos de trabalho qualificado até 2030, a par de um alargamento da base de frequência do Ensino Superior.
Governo quer criar 25 mil postos de trabalho qualificado

“O objetivo é convergir para a Europa em 2030, o que significa estimular a criação de emprego qualificado. Assim, queremos criar 25 mil postos de trabalho no sector privado e alargar a base de penetração do Ensino Superior”, disse o governante, no final do Conselho de Ministros dedicado à preparação do Roteiro de Inovação e Conhecimento, realizado em Matosinhos.

Manuel Heitor explicou que estes 25 mil postos de trabalho que o Executivo pretende estimular assentarão numa “forte” componente do sector privado, referindo, a propósito, os protocolos também ontem assinados com um conjunto de empresas, onde é assumido um compromisso de “duplicar o seu esforço no apoio e investimento”.

“Portugal tem procurado, no último ano e meio, apostar no emprego qualificado. Estimular o emprego qualificado faz-se também atraindo e dando confiança aos atores privados”, acrescentou.

O ministro sublinhou também, numa dimensão complementar, que “Portugal tem de se posicionar na Europa no que diz respeito à qualificação dos recursos humanos”.

“Hoje quatro em cada 10 jovens de 20 anos participa no Ensino Superior. É bom e muito superior ao que tínhamos há 20 anos, mas não chega”, disse, apontando que até 2030 o país deve assegurar que “seis em cada 10 jovens de 20 anos participam no Ensino Superior”, sem esquecer a aposta em alargar ao máximo a qualificação de adultos que não tiveram oportunidade de formação superior.

6 laboratórios para gerar “emprego qualificado” de Bragança ao Algarve

Manuel Heitor descreveu depois, entre as medidas aprovadas para dar concretização à aposta estratégica na qualificação, o financiamento de 26,8 milhões de euros destinado à constituição dos “primeiros seis laboratórios colaborativos”, que reúnem os sectores académico e produtivo e visam “criar emprego qualificado em várias zonas do país”.

Os laboratórios vão ser dedicados às áreas de “Fogos e Floresta”, “Interações Atlânticas”, “Transformação Digital na Indústria”, “Inovação de Montanha”, a funcionar em Bragança, à “Vinha e Vinho do Douro” e à “Valorização de Algas”, no Algarve.

O Executivo aprovou também o financiamento para o Programa “GoPortugal – Global Science and Technology Partnerships Portugal”, que renova as parcerias internacionais iniciadas em 2007 com a Carnegie Mellon University (CMU), o Massachusetts Institute of Technology (MIT), a Universidade do Texas em Austin (UT Austin), a Sociedade Fraunhofer (FhG)”.

“As universidades portuguesas vão poder posicionar-se no melhor do que se faz no mundo e do que melhor se faz em termos de competitividade”, completou Manuel Heitor.