Governo quer acordo de médio prazo para o salário mínimo e mantém objetivo de 600 euros até final da legislatura
“O país ficaria a ganhar” se houvesse acordo entre sindicatos e entidades patronais, a médio prazo, sobre o aumento do salário mínimo nacional, defendeu ontem o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, à saída de uma reunião plenária da Comissão Permanente de Concertação Social.
Garantindo que o Governo vai continuar a trabalhar com os parceiros sociais para que se consiga estabelecer um acordo de médio prazo sobre o aumento do salário mínimo nacional (SMN), Vieira da Silva anunciou que durante a reunião apresentou aos parceiros sociais três cenários possíveis; Um acordo a médio prazo, um acordo parcial ou um valor a decidir pelo Governo, “depois de ouvidos os parceiros”.
O que é necessário, como frisou o titular da pasta do Trabalho, “é que haja mesmo um acordo”, considerando que “ainda há tempo” para as partes negociarem apesar, como recordou, de esta “retribuição ser atualizada no primeiro dia de janeiro”.
Vieira da Silva reiterou ainda que o Governo mantém o objetivo de 600 euros para o salário mínimo nacional até ao fim da legislatura.
O relatório trimestral sobre o SMN foi apresentado aos parceiros sociais há duas semanas, pelo secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, que considerou que o aumento da remuneração, em janeiro, de 505 para 530 euros, em nada “prejudicou o emprego”.
O governante sustentou a sua afirmação referindo o número de novos inscritos na Segurança Social, que chegaram aos 508,5 mil no primeiro semestre deste ano, acima dos 489,7 mil no primeiro semestre de 2015.