Governo anuncia medidas para habitação acessível a todos

Para António Costa, que falava hoje na abertura do debate quinzenal, o Programa de Estabilidade 2018-2020, que o Governo apresentou na Assembleia da República, para além de não “violar nenhum compromisso assumido com os parceiros parlamentares”, defende a continuação de uma política que tem produzido “bons resultado” e que por isso, “merece ser continuado”.
Uma política, que segundo António Costa, conseguiu em dois anos e meio criar emprego a mais de 288 mil portugueses, pôr a economia a crescer 2,7%, colocando-a “novamente a convergir com a Europa”, aumentar o rendimento das famílias em 4,7% e criar condições para que o investimento tivesse aumentado 9,1% em 2017. Realidades que segundo o primeiro-ministro, ajudaram a “diminuir as desigualdades”, levando a que hoje “existam menos 80 mil pessoas em situação de pobreza”.
Desmentindo que os bons resultados que a economia portuguesa alcançou com a gestão política deste Governo, tivessem sido conseguidos à custa de mais austeridade, tendo antes sido obtida, como sublinhou o primeiro-ministro, graças “às boas políticas que implementámos e a uma estratégia que sempre afirmou a necessidade de virar a página da austeridade”, herdada do anterior Governo, garantindo uma “consolidação saudável e sustentável das nossas contas públicas”.
Depois de enaltecer o facto do Governo que lidera ter eliminado os cortes nos salários e pensões, ter reduzido a carga fiscal sobre o trabalho, reposto as 35 horas, reforçado o abono de família, estabilizado o sistema financeiro, reposto os mínimos sociais, reduzido em 25% as taxas moderadoras e de ter criado incentivos ao investimento privado, entre outras medidas, António Costa garantiu, contudo, que “este bom momento” da economia portuguesa, não vai impedir que o Governo continue a preparar o país para o futuro através de políticas públicas que melhorem a vida dos portugueses, que promovam a igualdade de oportunidades, a coesão do território e a competitividade da nossa economia, sustentado que a redução do endividamento “é uma garantia essencial de um melhor futuro para todos os portugueses”.

Habitação é uma prioridade
Nesta sua intervenção no debate quinzenal de hoje na Assembleia da República, o primeiro-ministro abordou ainda a questão da habitação, tendo anunciado que o Governo vai apresentar na próxima segunda-feira, na semana em que se comemora mais um aniversário do 25 de abril, um conjunto de medidas na área da habitação, tendo em vista, como sublinhou, “torná-la mais acessível à generalidade dos cidadãos”.
Trata-se, ainda segundo António Costa, de dar cumprimento a mais um compromisso, concretizando a ambição de “assumir a habitação como uma prioridade” das políticas públicas deste Governo, cujo objetivo, como salientou, é “assegurar habitação acessível e digna a todos os portugueses”.
O primeiro-ministro lembrou que ao contrário do que alguns “parecem pensar”, a legislatura “ainda não chegou ao fim”, reconhecendo, contudo, que ainda “há muito trabalho pela frente”, tanto na área da habitação como nas restantes, garantindo que o Governo vai continuar a trabalhar “com todo o afinco e determinação”.