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Governo persegue pensionistas e reformados

Governo persegue pensionistas e reformados

O Secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, relembrou ao primeiro-ministro que “as reformas não governam apenas a casa desses reformados, também ajudam os seus filhos desempregados e ajudam netos”.

António José Seguro aproveitou o debate quinzenal para reavivar a memória do primeiro-ministro: “Quero voltar a recordar-lhe que essas reformas e pensões já não governam apenas a casa desses reformados, também ajudam os seus filhos desempregados, ajudam netos com despesas em material escolar. Por vezes, porque os filhos entraram numa situação de desemprego ou de menor rendimento não têm como fazer honrar compromissos com empréstimos com habitação e compra de outros bens de utilização pessoal junto dos bancos e foram os pais, que agora são reformados, os seus fiadores.”

O Secretário-geral do Partido Socialista confrontou o primeiro-ministro com as alterações ao complemento solidário para idosos (CSI). “Aconselhava-o a ler o seu decreto de lei n.º 13/2013 onde procede a alterações, onde corta no CSI”, afirmou, sublinhando que, “se o primeiro-ministro nem a própria legislação que aprova conhece, ainda estamos pior do que julgávamos”.

Para António José Seguro, “o Sr. primeiro-ministro está a empobrecer esses portugueses que trabalharam uma vida inteira, que contribuíram para criar riqueza no nosso país e que, neste momento, se sentem perseguidos pela sua política e pelo seu governo”. “Acontece que 50, 100, 200 euros no bolso de um pensionista ou de um reformado faz toda a diferença. Como faz toda a diferença 10 ou 15 euros no bolso de uma pessoa que tem uma pensão de 420 euros e que tinha o CSI como complemento para fazer face às despesas com a água, com a luz, com os medicamentos ou com a renda da casa”, disse.

A par destas medidas, o Governo implementa também cortes nas áreas da educação e da saúde, levando a que muitos portugueses tenham que esperar mais de 20 horas por uma consulta de urgência. “O Sr. primeiro-ministro acha isso normal?”, questionou o líder socialista, frisando que a situação está relacionada com “cortes que o senhor e o seu governo fizeram na saúde, mais do que foi pedido pela Troika”, e não com picos gripais, como sugerido pelo primeiro-ministro.