Governo não tem estratégia credível para o país
António José Seguro acusou o Governo de não ter uma estratégia credível para o país e considerou que “ainda estão por explicar” os critérios de ética que levaram à nomeação de Franquelim Alves para o Governo.
Reagindo ao relatório da UTAO, que adverte para a probabilidade de o Governo não conseguir alcançar a meta definida para o défice orçamental de 2013 – 4,5% do PIB – por o Orçamento do Estado assentar numa previsão de encaixe de receita fiscal realizada em Outubro que se revelou sobreavaliada, o secretário-geral do PS considerou que “aqui está mais um exemplo, mais um dado que mostra que a estratégia do Governo não é credível. Até agora o Governo falhou todas as metas: falhou a meta do défice, falhou a meta da dívida, e isso tem consequências gravíssimas, porque destrói empresas e destrói emprego”.
O líder socialista defendeu que a melhor maneira do país sair da crise será “através de uma estratégia credível, com objetivos concretizáveis” que possa suavizar os sacrifícios dos portugueses.
António José Seguro voltou a exigir mais explicações sobre a nomeação de Franquelim Alves: “A legislação em Portugal legisla o momento em que os governantes saem e tem de haver um período de nojo para poderem regressar às áreas que tutelaram mas, para entrarem no Governo, não há nenhuma legislação e só a ética republicana é que deve regular”.
Considerou, ainda, que esta nomeação “está por explicar quanto aos critérios de ética” que devem presidir à governação.