“A resolução do Conselho de Ministros, que é assinada pelo primeiro-ministro e que nomeia o Dr. Gandra d’Almeida para diretor executivo, tem uma nota curricular extensa, com 32 referências curriculares, onde não consta a passagem do Dr. Gandra d’Almeida pelo hospital de Gaia/Espinho, por Faro, por Portimão e pela Guarda, mas diz que ‘mantém atividade assistencial hospitalar e pré-hospitalar’”, denunciou o socialista.
Em declarações à comunicação social, João Paulo Correia frisou que fica provado “que o Governo e a ministra da Saúde sabiam que, quando nomearam o Dr. Gandra d’Almeida, tinha acumulado ilegalmente funções”.
O coordenador dos socialistas na Comissão de Saúde recordou que a ministra da Saúde não compareceu ontem no debate de urgência sobre a instabilidade no SNS, agendado pelo PS, tendo enviado a sua secretária de Estado, que disse que “o Governo não tinha conhecimento da acumulação de funções por parte do senhor diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, Dr. Gandra d’Almeida”. Ora, fica também comprovado que a secretária de Estado Ana Povo “mentiu despudoradamente ao país e aos portugueses”, disse.
João Paulo Correia defendeu que é urgente que a ministra da Saúde e o primeiro-ministro esclareçam a situação “de uma vez por todas, ou assumam as suas responsabilidades”. O Partido Socialista já chamou a governante à Comissão de Saúde com caráter de urgência.
O socialista comentou ainda que a “ministra da Saúde está em queda livre” e que o “primeiro-ministro tenta desesperadamente salvar” Ana Paula Martins.