No Algarve, para onde o Governo se mudou durante dois dias, e onde na quinta-feira realizou o habitual Conselho de Ministros semanal, tendo ainda participado em cerca de 60 iniciativas um pouco por toda a região, António Costa voltou a apontar, no último dia da iniciativa ‘Governo Mais Próximo’, para o que designou serem os principais problemas estruturais da região, avisando que só o trabalho conjunto do Governo, das entidades regionais e das autarquias permitirá ultrapassar estes bloqueios.
Questões que o chefe do Governo deteta, sobretudo, nas acessibilidades e na saúde, áreas para as quais defende que as diversas entidades terão de trabalhar “em conjunto”, referindo que as verbas comunitárias disponíveis assumem aqui um papel fundamental para que se possa abrir “novas e raras oportunidades” para o desenvolvimento de toda a região.
Centro Expositivo inaugurado em Sagres
Na visita ao concelho de Vila do Bispo, onde inaugurou o Centro Expositivo situado na Fortaleza de Sagres, alusivo aos descobrimentos e à expansão marítima portuguesa, num investimento global de 3,1 milhões de euros, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), o primeiro-ministro voltou a mencionar as oportunidades, muitas delas irrepetíveis, como assinalou, que os próximos quadros de apoio comunitário, do PRR ao Portugal 2030, podem trazer para o progresso e desenvolvimento da região, apoios que segundo António Costa vão dotar o Algarve, nos próximos anos, com “recursos substancialmente superiores aos dos últimos sete anos”.
Para que esta mensagem não ficasse apenas por generalidades, o primeiro-ministro referiu que, comparativamente aos 318 milhões de euros que foram alocados ao programa Portugal 2020 para a região, só com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) já foram contratualizados, até à data e para áreas tão diversas como “a saúde, as infraestruturas, a capitalização e a inovação empresarial”, cerca de 283 milhões de euros.
Quanto ao futuro, e em relação ao quadro comunitário do PT2030, António Costa lembrou que o Algarve vai dispor no âmbito deste programa de “780 milhões de euros”, uma verba que segundo referiu representa “uma duplicação dos fundos comunitários” em relação aos últimos sete anos, garantindo que o Governo está disponível para, em conjunto com as entidades locais e regionais, trabalhar nas questões do ordenamento do território, da proteção dos recursos naturais e na criação de “melhores condições para quem quer viver e trabalhar no Algarve”.