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Governo lança iniciativa “Estudar mais é preciso”

A importância da qualificação crescente dos portugueses e a meta de aumentar a percentagem de acesso e frequência no Ensino Superior são os dois grandes objetivos que acompanham a iniciativa “Estudar mais é preciso”, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Apresentada durante a inauguração do “Fórum Futurália – Educação, Património e Conhecimento”, em Lisboa, esta iniciativa pretende sensibilizar os cidadãos mais jovens para que não desistam de apostar na sua educação e aquisição de competências, lembrando que a formação superior “aumenta consideravelmente as possibilidades em matéria de emprego, condição socioeconómica e realização pessoal”.

O Executivo realça que Portugal continua a ter uma percentagem de acesso ao Ensino Superior significativamente baixa, quando comparada com a realidade internacional e com as necessidades reais do país, verificando-se que apenas um em cada três jovens em idade de frequência do Ensino Superior se encontra efetivamente a frequentá-lo.

Números que “suscitam preocupação”, como salientou a secretária de Estado Fernanda Rollo, apontando para a necessidade de tentar que os jovens continuem os estudos, especialmente os do ensino profissional, em que só “12 a 15%” continua a aprender a nível superior.

A crise económica, más opções anteriores de política governativa ou a história familiar dos alunos são fatores que, na opinião de Fernanda Rollo, podem ajudar a explicar o abandono dos estudos, destacando a governante, no entanto, que o pior obstáculo à continuação da educação são as ideias erradas sobre a inutilidade dos cursos superiores.

“Persiste esta ideia de que não vale a pena, o que temos que combater com toda a assertividade”, declarou.

Para contrariar esta ideia, a secretária de Estado lembra que ter formação superior aumenta a taxa de empregabilidade, apontando que uma média de entre 81 a 90% dos adultos com educação superior tem emprego, mais do que se passa com pessoas que só concluíram o secundário ou que abandonaram a meio.

Em fevereiro deste ano, recorde-se, por ocasião da apresentação do Roteiro da Inovação, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou o objetivo que Portugal deve ambicionar de chegar a 2030 com 60% de jovens de 20 anos no Ensino Superior.