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Governo já não tem nada a dar ao país

Governo já não tem nada a dar ao país

A coligação anunciada entre o PSD e o CDS-PP para as próximas legislativas é um casamento para “disfarçar as conveniências”, provando o que há muito o país já sabe: que este Governo “nada de novo tem para dar”.

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Governo já não tem nada a dar ao país

Em Reguengos de Monsaraz, onde se deslocou para um almoço-debate, com sala cheia no pavilhão multiusos do parque de exposições daquela vila alentejana, António Costa acusou os partidos da direita de não terem anunciado novas políticas ou sequer proposto qualquer iniciativa inovadora, e de apenas se terem limitado a garantir que vão fazer “mais do mesmo”.

A “única coisa de novo”foi terem escolhido o dia 25 de abril para anunciar que vão concorrer coligados às próximas eleições legislativas, disse o Secretário-geral do PS, anúncio que não passou de um “não acontecimento”.

Trata-se de manter um casamento de quem já está casado e que “não tem outro remédio” senão manter-se casado “para disfarçar as conveniências”.

Ironizando sobre a data escolhida, António Costa enfatizou que “aqui entre nós, há muitas datas que podem entrar na História, há mesmo muitas que já lá estão e o 25 de abril é, seguramente, uma data que está na História”.

Mas há uma coisa pela qual o 25 de abril não ficará na História, disse, é a da “coligação entre Portas e Passos Coelho, porque acerca disso, não há história para contar”.

Perante autarcas, militantes e simpatizantes que participaram no almoço, que contou também com a presença do líder do PSOE da Estremadura, Guillermo Vara, António Costa acusou os partidos da direita de “terem estado juntos a afundar o país”, num Governo falhado e fracassado, e que agora “querem permanecer juntos para continuarem as políticas que têm seguido”.

“Eles falharam em tudo aquilo que disseram antes das eleições, como fracassaram em tudo também depois das eleições”, disse o líder do PS, dando como exemplo o crescimento que é hoje “inferior àquele que se propunham alcançar, o mesmo sucedendo, quer com o desemprego, que atinge níveis inimagináveis, quer com o défice e a dívida”.